Algar disputa com grandes operadoras e leva um bloco de 40 MHz
Frequência de 2,3 GHz está destinada à ampliação da oferta de sinal 4G; leilão vai ser retomado nesta 6ª
A disputa pelos blocos de 40 MHz do Grupo F, que permitem a oferta regionalizada de tecnologia 4G na faixa de 2,3 GHz, não ficou restrita às três maiores operadoras de telefonia móvel do país. A companhia Algar, com sede em Uberlândia (MG), arrematou um dos blocos, para atuar em sua própria área de operação. Por obrigação, as vencedoras desse grupo deverão levar o 4G a 95% da área urbana dos municípios que ainda não contam com o sinal, em suas respectivas áreas de atuação.
O principal mercado em disputa estava no lote F3, que contempla o direito de operar no estado de São Paulo, nas frequências licitadas. A Vivo venceu esse leilão com oferta de R$ 231 milhões (ágio de 229,21%).
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A Vivo arrematou também os lotes F1, que abrange a Região Norte, por R$ 29 milhões; e F5 (Região Centro-Oeste), por R$ 30 milhões (ágio de 20,2%).
A TIM venceu o leilão do bloco F6, para ampliar o 4G na Região Sul, com oferta de R$ 94,5 milhões (ágio de 102,3%).
A TIM também se deu melhor na disputa mais intensa (e cara) pelo direito de operar o 4G nos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo, agrupadas no bloco F7. TIM e Claro foram apresentando lances sucessivos até o valor pela outorga atingir R$ R$ 450 milhões, com ágio de 616,7% sobre o preço mínimo estipulado pela agência reguladora (62,7 milhões).
Outro embate duro entre operadoras se deu no leilão do bloco F8, de 40 MHz na faixa 2,3 GHz. Em disputa, municípios hoje atendidos pela Algar em Minas Gerais (região do Triângulo MIneiro), Mato Grosso e interior de São Paulo. A empresa mineira que, diferentemente do leilão do bloco E8 (50 MHz) - quando viu sua proposta original não ficar entre as duas maiores e acabou fora do certame -, foi ousada ao enfrentar a TIM, com o objetivo de ampliar a capacidade de operação nas cidades em que já atua. O preço mínimo desse bloco era o mais baixo do grupo F, R$ 5 milhões. Mas as duas empresas foram aumentando o valor sucessivamente, até que a operadora mineira chegou à oferta de R$ 57 milhões, não coberta pela TIM. O valor representou ágio de 1.027%.
A Região Nordeste (bloco F4) não recebeu propostas. Dessa forma, apenas a Brisanet irá ofertar 4G na faixa de 2,3 GHz para os estados da região.
No balanço final do leilão da faixa de 2,3 GHz, o governo arrecadou R$ 2,39 bilhões, somando o resultados dos blocos de 50 MHz (Grupo E) e de 40 MHz (Grupo F).
O leilão das novas faixas de frequência foi suspenso no fim da licitação dos blocos do grupo F, e será retomado nesta 6ª feira (5.nov), às 9h, no auditório da Anatel, em Brasília. Serão licitados o direito de uso da faixa de frequência de 26 GHz, dividida em 104 blocos de 200 MHz.