Operadoras entram em disputa aberta para levar 4G a quem ainda vive no 3G
Claro arremata São Paulo e regiões Sul, Norte e Centro-Oeste; Vivo fica com RJ, MG e ES
Uma das disputas mais acirradas do megaleilão de telefonia móvel da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, se deu com os lotes do Grupo E, que ofertam blocos de 50MHz na faixa de frequência de 2,3GHz, para operação híbrida regional em 4G e 5G. A obrigação para as operadoras vencedoras é levar, primeiro, o serviço de telefonia móvel de 4ª geração para cerca de 9 mil localidades que ainda estão na era do 3G. No futuro, essa faixa de frequência poderá ser usada também para operação de telefonia 5G.
O leilão do Grupo E começou morno. Apenas a Claro apresentou proposta para ofertar o serviço na Região Norte, de R$ 72 milhões.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A disputa esquentou no lote E3, o mais valioso, que abrange o serviço no estado de São Paulo, o maior mercado do país. Claro e Vivo protagonizaram uma sucessão de lances, que partiram de R$ 400 milhões, ofertados pela empresa do grupo Telefonica. A Claro rebateu com uma oferta R$ 50 milhões mais alta. E os lances foram se sucedendo até que a Claro chegou a R$ 750 milhões, com a Vivo desistindo de prosseguir. O ágio em relação ao preço mínimo fixado pela Anatel (R$ 87,7 milhões), nesse lote E3, ficou em 755%.
O lote E4, para a região Nordeste, recebeu apenas uma proposta de preço, da operadora Brisanet, que arrematou os 50MHz ofertados na faixa de 2,3GHz, que ofertou o valor mínimo pedido pela Anatel, de R$ 111,38 milhões.
No lote E5, estava em jogo a oferta de 4G nas localidades ainda não atendidas na região Centro-Oeste. Novamente, Claro e Vivo disputaram lance a lance o direito de prestar o serviço. E, novamente, a Claro mostrou que estava com apetite: cobriu todas as ofertas feitas pela concorrente e arrematou a faixa por R$ 150 milhões, ágio de 381,85%
O lote E6 correspondia à oferta de 4G em municípios e localidades da Região Sul. E, pela terceira vez consecutiva, Claro e Vivo entraram em disputa aberta, lance a lance, pelo direito de ampliar o G4 na Região. A TIM fez a oferta mais baixa, de R$ 76 milhões, e não entrou na briga. No final, deu Claro novamente, com último lance de R$ 210 milhões (ágio de 259,6%).
No lote E7, que abrange os estados do Rio, de Minas Gerais e do Espírito Santo, apenas Vivo e TIM se habilitaram. E as duas foram para a disputa lance a lance. Depois de perder os lotes anteriores para a Claro, a Vivo foi agressiva na disputa com a TIM. E arrematou o direito de levar o 4G (e posteriormente, ampliar para 5G) ao segundo maior mercado em disputa.