Reforço da Pfizer após CoronaVac eleva efetividade para 92,7%, diz estudo
Descoberta foi feito a partir de bancos de dados brasileiros
A aplicação de uma dose de reforço do imunizante Pfizer-BioNTech seis meses após a pessoa ter completado o ciclo vacinal com CoronaVac, ou seja, recebido a segunda dose desta, proporciona uma efetividade de 92,7% contra infecção pelo coronavírus e de 97,3% contra quadro grave da doença. Isso é o que conclui um estudo publicado nesta 4ª feira (9.fev) na revista científica Nature.
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O trabalho foi conduzido por 14 pesquisadores de diferentes unidades de ensino, entre as quais o Instituto Gonçalo Moniz, de Salvador, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Glasgow, no Reino Unido. A descoberta foi feito por meio da análise, a partir de bancos de dados brasileiros, dos resultados de testes de covid realizados por cerca de14 milhões de pessoas entre 18 janeiro e 11 novembro de 2021.
Entre 14 e 30 dias após a segunda dose, a efetividade da CoronaVac alcançou 55% contra infecção e 82,1% contra quadros graves da doença. Seis meses após a segunda dose, caiu para 34,7% contra infecção e para 72,5% contra quadros graves. Segundo os pesquisadores, o que descobriram apoia a aplicação de uma dose de reforço do imunizante Pfizer-BioNTech "após duas doses da CoronaVac, particularmente para idosos". O estudo afirma que "em comparação com grupos etários mais jovens, indivíduos com 80 anos ou mais apresentaram proteção menor após a segunda dose, mas proteção semelhante após o reforço".
Por outro lado, afirmam os pesquisadores, o trabalho tem limitações. Por exemplo, as mudanças nas variantes do coronavírus podem "confundir" a avaliação da efetividade ao longo do tempo considerado para a análise.
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