Coordenadora de Medicina deixa UnB por se recusar a receber vacina
Universidade cobrará comprovante de imunização; professora se colocou contra e pediu para sair do cargo
A coordenadora de graduação do curso de medicina da Universidade de Brasília (UnB) pediu para deixar o cargo após a instituição decidir cobrar comprovante de vacinação contra a covid-19. Em carta, a professora Selma Kuckelhaus disse não ter se imunizado contra o coronavírus, e apontou questionamentos sobre o processo. Ela estava no cargo há três anos.
Na 5ª feira (28.jan), a UnB definiu que exigirá o comrovante de imunização para acesso às dependências da instituição a partir de 11 de fevereiro. O processo foi aprovado pelo Conselho da universidade, sem votos contrários.
A professora Kuckelhau, que foi contra a medida, disse o ter feito por ser uma defensora das liberdades individuais. Ela também considerou que pessoas que se recuperaram da covid-19 "possuem imunidade natural", e citou que existem pessoas que "não sentem segurança nas vacinas e julgam qeu o risco supera o benefício".
Em nota, a UnB disse que docentes que estão em cargo de coordenação de curso podem deixar a função por decisão própria. E defendeu que toda a população seja vacinada: "A Universidade de Brasília permanece guiada pela ciência e a democracia, preservando vidas. No cumprimento de sua missão, a UnB orienta que, além da adoção dos protocolos de segurança, toda a população esteja vacinada".