Supremo dos EUA deve analisar proposta de vacinação obrigatória
Medida engloba trabalhadores de empresas com mais de 100 funcionários e profissionais da saúde
A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou, nesta 6ª feira (7.jan), que irá ouvir a proposta do presidente Joe Biden de tornar a vacinação contra covid-19 obrigatória para todos os trabalhadores do país. Caso aprovada, a medida poderá atingir 90 milhões de norte-americanos.
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Em carta apresentada ao tribunal em nome do governo, a procuradora-geral Elizabeth Prelogar afirmou que as medidas são necessárias "contra a pandemia mais mortal na história da nação". "Os trabalhadores adoecem gravemente e morrem, porque estão expostos ao vírus", declarou Prelogar, defendendo que a regra poderá evitar hospitalizações e óbitos pela doença.
Em novembro de 2021, Biden ordenou que a vacinação fosse obrigatória, até fevereiro deste ano, em empresas com mais de 100 trabalhadores e para profissionais da saúde que operam em unidades federais. A exceção da medida engloba apenas pessoas com contraindicação em relação ao imunizante ou que possuírem questões religiosas.
Os esforços do líder norte-americano para aumentar a taxa de vacinação, no entanto, foram criticados por vários deputados e empresários. O tema gerou, ainda, uma onda de denúncias formais alegando abuso de poder por parte do Executivo, que pretende punir aqueles que descumprirem a regra.
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"Estaria obrigando milhões de trabalhadores a escolherem entre perder seus empregos, ou cumprir uma ordem federal ilegal", alegam os grupos de empresários. Eles também afirmam que a medida pode gerar um choque no mercado de trabalho, que já está "frágil" devido à pandemia de covid-19.