SP prorroga fase de transição da quarentena por mais uma semana
Governo anunciou data para iniciar vacinação de pessoas entre 40 e 44 anos contra a covid-19
A fase de transição da quarentena, no estado de São Paulo, será mantida até o dia 31 de maio, segundo anúncio feito em coletiva nesta 4ª feira (19.mai) pelo governador João Doria (PSDB). A partir de 1º de junho, atividades comerciais e serviços gerais, o que inclui restaurantes e similares, salão de beleza e barbearia, atividades culturais e academias de esporte, estarão autorizadas a funcionar com atendimento presencial entre 6h e 22h e ocupação de até 60% da capacidade.
Dessa forma, até o último dia deste mês, permanecerá a determinação para que o comércio e as atividades funcionem presencialmente apenas entre 6h e 21h. Porém, a ocupação máxima permitida será alterada de 30% para 40% no dia 24 de maio. Cultos e outras cerimônias religiosas presenciais continuam autorizados. O toque de recolher à noite, por sua vez, será praticado das 21h às 5h até o dia 31 e, a partir de 1º de junho, das 22h às 5h.
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Já em relação à vacinação contra a covid-19 no território paulista, o Executivo estadual anunciou que o público-alvo passará a englobar, no próximo dia 28, pessoas de 40 a 44 anos com deficiência permanente que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou tenham comorbidades. O grupo representa mais 760 mil pessoas.
A expectativa do governo é concluir a imunização dos cidadãos com deficiência permanente e comorbidades no mês de junho e, de 1º a 20 de julho, vacinar todas as pessoas com idades entre 55 e 59 anos. Já para o período entre 21 e 31 de julho, está prevista a imunização de todos os profissionais da educação de 18 a 46 anos, visando à retomada das atividades em sala de aula no segundo semestre. Até o momento, foram aplicadas 15.080.074 doses de imunizantes contra a covid em São Paulo, sendo 9.930.534 como primeira e 5.149.540 como segunda.
Com a entrada da nova fase do Plano São Paulo em 1º de junho, diz o governo, os municípios deverão analisar e decidir medidas restritivas de acordo com a situação local da pandemia e será lançado um programa de testagem rápida de pessoas com a covid-19. "Hoje já temos disponível um novo modelo de teste antígeno, que permite um trabalho de controle maior da pandemia e que é fundamental, já que houve tantos atrasos no cronograma nacional de vacinação", pontuou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.
Casos, mortes e internações
São Paulo tem agora 3.129.412 casos de covid-19 e 105.852 mortes causas pela doença. As taxa de ocupações de leitos UTI no território paulista e na Grande São Paulo são de 79% e 76,9%, respectivamente. No total, há 10.129 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva 11.983 em enfermarias. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, na última semana, foram registradas 12.573 novas infecções pelo coronavírus, o que representa um aumento de 11%, em comparação com a semana anterior.
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A quantidade de novas internações também aumentou: foram 2.302, ou seja, 2,6% a mais. Já o número de novas mortes passou de 530 para 478 - queda de 9,8%. Falando sobre o impacto da vacinação no estado, Paulo Menezes, coordenador do centro de contingência da covid, afirmou que pessoas acima de 70 anos representavam 35% de todas as internações em janeiro, mas o índice caiu para 20,4% em abril. Nas UTIs, especificamente, passou de 37% para 21%.
João Gabbardo, coordenador executivo do centro de contingência, por sua vez, disse na coletiva que a quantidade de infecções pelo novo coronavírus e óbitos provocados pelo patógeno em São Paulo permancerá alta pelos próximos 15 a 30 dias, e apenas depois desse período deve começar a cair.