Ritmo de internações por Covid-19 registra queda em SP, diz pesquisa
Porém, 33% dos hospitais ainda têm taxa de ocupação dos leitos de UTI entre 91% e 100%
O ritmo de internação de pacientes com Covid-19 no território paulista teve queda, mas muitos hospitais ainda apresentam baixa quantidade de leitos disponíveis e insumos em estoque. Isso é o que revela um levantamento divulgado nesta 2ª feira (3.mai) pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).
A pesquisa ouviu 98 hospitais, com 9.338 leitos clínicos e 4.242 de UTI, em 13 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) no estado. De acordo com ela, em 79% das unidades de saúde, a ocupação dos leitos de tratamento intensivo para pacientes infectados pelo novo coronavírus é superior a 80%, mas enquanto 65% das unidades relatavam aumento nas internações em 10 de abril - considerando os dez dias anteriores -, agora são 17%.
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Em 26 de março, fala o SindiHosp, 99% dos locais diziam ter ocorrido crescimento nas internações. O presidente do sindicato, Francisco Balestrin, avalia que a queda no ritmo está relacionada a uma menor circulação de pessoas nas últimas semanas. Porém, ele reforça que é preciso acelerar a vacinação contra a Covid-19, pois "nossos hospitais continuam no limite e sem condições de receber mais pacientes".
Segundo a nova pesquisa, 33% das unidades de saúde têm taxa de ocupação dos leitos de UTI entre 91% e 100%, ante 65% no levantamento anterior. Já em relação aos insumos, agora, 5% têm estoque de medicamentos do "kit intubação" para menos de sete dias, e 32%, para uma semana. Os hospitais com quantidade suficiente para mais de mês representam 2% do total.
Sobre oxigênio em estoque, 22% afirmaram ter para menos de uma semana, e 5%, para sete dias. Aqueles com estoque para mais de um mês são 11% do total.
Problemas durante a pandemia
O levantamento mostra ainda que, entre os problemas gerados pela pandemia nos hospitais, o cancelamento de cirurgias foi constatado por 64% do total de respondentes, e o afastamento de profissionais por problemas de saúde, por 57%. Quase 70% das unidades registraram suspensão de 80% das cirurgias eletivas.
