Chile mantém fronteiras fechadas e alivia lockdown em Santiago

As autoridades de Saúde do Chile anunciaram que irão prorrogar o fechamento das fronteiras do país por mais 30 dias. A ação tem como base os hospitais, que apesar da queda do número de casos de covid-19 nas últimas duas semanas, continuam lotados. 

Segundo o ministro da Saúde, Enrique Paris, a média semanal mostra uma queda de 7% no número de casos da doença confirmados. A taxa de positividade - que mede o total de testes realizados e resultados positivos - também vem caindo. Ontem o país registrou cerca de 6.078 novas infecções, o que apresenta uma melhora se comparada a alta recorde de 9.171 casos do dia 9 de abril. 

"A situação sanitária está mostrando alguns sinais de melhora. Estamos vendo mudanças, mas isso não significa que precisamos parar de lutar", disse Paris. O Chile conduz uma das mais rápidas campanhas de vacinação no mundo. Cerca de metade de sua população prioritária foi imunizada com uma dose da vacina contra a covid-19 e 38,8% já receberam a segunda dose.

A campanha ágil fez com que as internações hospitalares dos grupos etários mais velhos e que já foram vacinados caíssem. No entanto, entre a população mais jovem e ativa os números de hospitalizações apresentaram um aumento.

Lockdown em Santiago

Após um mês de confinamento rígido, as autoridades anunciaram uma flexibilização gradual do regime de lockdown em Santiago. Sete bairros, a maioria deles na região mais abastada, no leste da cidade, poderão sair do lockdown durante os dias da semana e as escolas também serão reabertas se cumprirem as medidas sanitárias.

Os testes e rastreamento serão intensificados, com unidades móveis instaladas em shoppings, estação de metrô e restaurantes. Além disso, será feito um melhor rastreamento após surtos em locais de trabalho e a ampliação do número de inspetores locais para checar pessoas em quarentena e fiscalizar eventuais reuniões clandestinas.