SP: Saiba o que pedem trabalhadores em greve no transporte e outros serviços
Grevistas são contra projetos de privatizações e concessões do governo
A greve que afeta parte do transporte público de São Paulo, além da Sabesp, professores da rede estadual e da Fundação Casa, na manhã de 3ª feira (28.nov), é motivada por pautas distintas das categorias, mas unificadas contra o desejo de privatização e concessão que o governo paulista quer implementar nesses serviços públicos.
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De acordo com o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo, o ideal é que o governo convoque um plebiscito oficial, com votos da população, para debater e decidir o futuro das empresas públicas. "[Queremos] um plebiscito oficial com direitos iguais para as duas partes opinarem, e deixe a população decidir, está previsto na lei, tem essa possibilidade", afirma o sindicalista.
"Nós não achamos que a maior empresa de saneamento básico da América Latina, que é a Sabesp, mesmo importantes empresas como metrô e CPTM, sejam dilapidadas, privatizadas. Elas enriquecem um punhado de bilionários e que isso seja uma decisão apenas do governador ou de alguns deputados. A gente quer que seja uma decisão da população de São Paulo pela importância dessas empresas", explica Altino.
Os trabalhadores grevistas solicitaram que as catracas fossem liberadas pelo governo, mantendo o transporte público para a população, mas o pedido foi negado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Sem a liberação, estações de metrô e pontos de ônibus próximos tiveram movimentação intensa durante a manhã, com coletivos lotados e muitos perdendo a hora ou compromissos.
Antes da paralisação, o diretor do sindicato pediu que patrões não prejudiquem os funcionários por conta da greve e culpou o governo pela situação. "[Que esses] trabalhadores não sejam prejudicados, porque se eles não conseguirem chegar ao trabalho ou chegar atrasado, não é culpa deles, é culpa dessa paralisação que no final das contas é culpa do governador".
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