Governo de SP diz que greve do Metrô e CPTM é 'abusiva e política' e vai 'gerar o caos'
Paralisação desta 3ª feira (28.nov) vai deixar 4,6 milhões de passageiros sem transporte, segundo a gestão Tarcísio
O Governo de São Paulo classificou a greve de funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp, anunciada para começar à 0h desta 3ª feira (28.nov) como "abusiva e política" e que irá "gerar o caos". Em um comunicado oficial divulgado nas redes sociais, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a paralisação "deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio".
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"Lamentavelmente, assembleias que reuniram uma minoria da totalidade de metroviários e ferroviários decidiram impor novo caos a cerca de 22 milhões de moradores da Grande São Paulo, que devem ser afetados direta ou indiretamente pela greve", diz o comunicado.
"Ao invés de reivindicar pautas salariais ou trabalhistas, o principal protesto é contra os estudos da atual administração para ampliar desestatizações, concessões e parcerias público-privadas."
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Ainda de acordo com o governo, 1,6 milhão de alunos de escolas estaduais poderão perder aulas na capital e na Grande São Paulo. "Outros 1,2 milhão de inscritos no Provão Paulista serão afetados pela alteração no cronograma do exame, que começaria a ser aplicado nesta terça. O adiamento atinge ainda 1,7 mil inscritos de outros estados e instituições públicas que vão arcar com novas despesas de viagens em razão da greve."
Por determinação da Justiça, 80% dos serviços do Metrô e 85% da CPTM deverão operar nos horários de pico, com 60% nos demais períodos nesta terça, sob pena de multas diárias de R$ 700 mil e R$ 600 mil aos respectivos sindicatos. Para a Sabesp, o contingente mínimo de trabalhadores nos serviços essenciais definido pela Justiça é de 80%, com multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Funcionários da CPTM receberam na noite desta 2ª feira (27.nov) e-mails convocando a todos a trabalhar nesta 3ª feira. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo reafirmou que a greve é legítima e será deflagrada.