Voo com brasileiros que estavam na Cisjordânia pousa em Brasília
Aeronave trouxe 32 pessoas que estavam no país; seis ficaram em Recife e 26 seguiram para a capital
Uma nova operação para trazer repatriados brasileiros que estavam na Cijordânia foi concluída nesta 5ª feira (2.nov). A aeronave chegou à rota final, trazendo 26 pessoas para Brasília. Outras seis ficaram em Recife - no primeiro pouso feito pelo avião no país.
Os passageiros chegaram a Brasília às 8h35, de acordo com o horário local. Com a nova chegada de repatriados, a Força Aérea Brasileira alcançou o transporte de 1.445 passageiros e 53 animais de estimação desde o início do conflito entre Israel e Hamas. Ao todo, foram realizados nove voos, que somam 300 horas.
A expectativa é que o próximo deslocamento seja dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza. O governo aguarda autorização para transportar 34 pessoas que estão no local. O pedido para que eles deixem a área de conflito foi realizado, mas nenhum nome foi contemplado na nova lista de repatriações.
Uma segunda rodada de evacuação beneficiou 576 pessoas, a maioria dos Estados Unidos, com 400 nomes. Outros países contemplados foram: Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coréia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade.
Brasileiros na Cisjordânia
O deslocamento da FAB foi encerrado em Brasília, mas parte dos que estavam no voo ainda seguirão para outros locais no país. Entre os locais de destino final estão a Foz do Iguaçu (oito pessoas), São Paulo (cinco), Florianpólis (quatro), Curitiba e Goiânia (dois) e Porto Alegre, com uma pessoa. Três dos que desceram em Recife seguiram viagem para Fortaleza. Uma passageira fica em Brasília.
Abla Aziz, uma das passageiras que vai para Foz do Iguaçu, relata sentimento de gratidão: "Quero paz". Ela retornou ao país com quatro filhos, e relembra dificuldades enfrentadas na área de conflito. "Para se locomover de uma região para outra estava bem difícil, com pessoas armadas", diz.
Outra passageira, Nazmieh Mohamed, 72 anos, citou o sentimento de medo e insegurança de brasileiros que seguem na área de conflito. "Tem muito brasileiro na Faixa de Gaza e ninguém está seguro lá", conta.