Autor e diretor artístico César Vieira morre aos 92 anos
Ele foi um dos fundadores do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo
Morreu nesta 2ª feira (23.out), aos 92 anos, o advogado, jornalista, autor e diretor artístico Idibal Almeida Piveta, também conhecido pelo nome artístico César Vieira. A informação foi confirmada pelo grupo Teatro Popular União e Olho Vivo, do qual ele foi um dos fundadores.
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O corpo será velado na sede do Teatro -- que fica no Bom Retiro, região central de São Paulo --, das 23h desta 2ª feira até as 15h de 3ª (24.out). Depois, haverá a cerimônia de cremação no Crematório da Vila Alpina, na zona leste da capital paulista.
César Vieira nasceu em Jundiaí (SP), em 28 de julho de 1931. Era formado em direito e em jornalismo. Participava de atividades teatrais desde meados dos anos 1960. Como advogado, defendeu presos políticos durante a ditadura militar, entre 1968 e 1980. Chegou a ser preso e torturado na ditadura.
Entre os livros publicados por ele, estão Em Busca de um Teatro Popular, João Cândido do Brasil: a Revolta da Chibata e Bumba, Meu Queixada. Recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor autor nacional por O Evangelho Segundo Zebedeu (1969), o Prêmio Dramaturgia Funarte-MinC por Os Juãos e os Magalís - Uma Chegança de Marujos (1996) e Prêmios Mambembe e Flávio Rangel/MinC por Brasil Quinhentão!?? (1998).
Em nota, o Sport Club Corinthians Paulista lamentou "com pesar" a morte. O Corinthians ressalta que César Vieira "lutou pela volta da democracia no país na época da ditadura militar e atuou em defesa de centenas de pessoas perseguidas pelo regime".
"Como dramaturgo escreveu peças que tratavam do povo, entre elas 'Corinthians Meu Amor'. O Corinthians se solidariza à família e a amigos neste momento de dor", conclui.
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