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"Estado não será tomado por criminosos", diz Cláudio Castro após ônibus serem incendiados

Polícia prendeu 12 pessoas ateando fogo em ônibus na capital fluminense, por "ações terroristas"

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), concedeu uma entrevista coletiva, na noite desta 2ª feira (23.out), para falar sobre a operação da Polícia Civil em que o miliciano Matheus Rezende -- sobrinho do também miliciano Zinho -- foi baleado hoje e os ataques a ônibus que ocorrem em retaliação à morte dele. Segundo o governador, diante dos ataques, um plano de contingência foi ativado e a polícia prendeu, nesta 2ª, 12 criminosos ateando fogo em ônibus.

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"Neutralizaram um dos maiores criminosos da atualidade do Rio de Janeiro hoje. Infelizmente, o que vimos foi uma resposta dura dessa criminalidade. Atacando a vida do cidadão, queimando ônibus, prejudicando a vida das pessoas. O crime organizado não ouse desafiar o Estado. Nosso plano de contingência já está ativado desde as primeiras horas. Todo o contingente da Polícia Militar, da Polícia Civil, está nas ruas, garantindo que a ordem seja restabelecida, garantindo que a vida da população volte ao normal", afirmou Cládio Castro.

"A nossa população, queria lamentar o ocorrido no dia de hoje, os transtornos no dia de hoje, mas queria garantir que nós não arrefeceremos em nada a luta contra a criminalidade. Não daremos um passo só para trás. O estado não será tomado por criminosos. Esse plano de contingência já está trabalhando e eu não tenho dúvida que amanhã já será um dia com muito mais ordem, com muito mais tranquilidade, para que a população tenha o seu direito de ir e vir salvaguardado".

O governador disse que ainda ligou para o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para que os três possam juntos garantir à população do Rio de Janeiro terá neles "uma fronteira firme entre a lei, a ordem e o que eles querem fazer nesse estado".

Conforme Cláudio Castro, os 12 criminosos detidos ateando fogo em ônibus foram presos por "ações terroristas". "E como ações terroristas, estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista". "As nossas forças de segurança estão unidas, estão ativas, e a população pode dar um voto de confiança. Porque essa luta é para libertar a nossa população dessas facções, dessas verdadeiras milícias que tentam tomar o poder no Rio de Janeiro".

Ele prosseguiu: "Enquanto estivermos aqui, o combate será duro, será 24 horas, sete dias por semana. E a garantia à nossa população que o mal não vencerá o bem. Nós continuaremos trabalhando, estamos todos de plantão para garantir que a normalidade, a vida da nossa população volte o mais rápido possível".

Operação

Cláudio Castro iniciou a coletiva falando sobre a operação na qual Matheus Rezende foi baleado. "Hoje nós demos um duro golpe numa das maiores milícias da zona oeste do Rio de Janeiro. Uma ação que foi pautada primeiro pela inteligência, onde nós estamos, sim, atrás dos maiores líderes dessas facções criminosas. É nosso compromisso, e eu já tenho dito, prender principalmente os três maiores líderes do tráfico e da milícia do Rio de Janeiro", pontuou.

"Hoje a nossa intenção era na milícia do miliciano conhecido como Zinho. No meio da operação, houve uma resistência e nós prendemos, e depois veio a óbito, o Matheus Rezende, também conhecido como Faustão ou Teteu".

O governador ressaltou que Matheus, além de sobrinho de Zinho, "era o 02, conhecido como Senhor da Guerra, aquele que era responsável pela guerra da facção, mas também era o responsável pela união entre tráfico e milícia, fazendo as narcomilícias". "Há quem diga inclusive que ele era preparado para ser, em seguida, o sucessor desse miliciano Zinho".

Em outro momento da coletiva, ele disse que o governo do estado não descansará enquanto não prenderem os criminosos Zinho, Tandera e Abelha "e todos aqueles que os circundam, porque criminoso no Rio de Janeiro não tem vez e não terá paz".

Questionado sobre qual foi o motivo de a polícia não ter conseguido evitar o caos na zona oeste do Rio de Janeiro ocorrido hoje, Cláudio Castro disse que os ataques aos ônibus não tiveram "nenhuma coordenação, e quando não há coordenação, não há inteligência que consiga pegar".

"A partir do momento que nós soubemos, a polícia está toda na rua, tanto que fez as prisões e continuará. A inteligência vem trabalhando, nós estamos inclusive ainda atrás de prender o miliciano Zinho. Esperamos, quem sabe, conseguimos nas próximas horas ter sucesso, e estamos todos de prontidão, sim, para garantir que a vida volte ao normal o mais rápido possível".

Também nas palavras do governador, "é revoltante que criminosos usem a população de escudo". "Isso é a grande prova de quão cruéis são esses criminosos enfrentados pelas nossas polícias todo dia. Porque é a própria população que alguns deles dizem defender que eles estacam num momento desse. A verdadeira proteção da população é a polícia, e a polícia está trabalhando para normalizar a ordem urbana e a lei".

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