"Quem paga é o povo trabalhador", diz Eduardo Paes sobre ônibus incendiados
Mais de 30 veículos foram atacados por criminosos na zona oeste da cidade nesta 2ª feira (23.out)
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), criticou nesta 2ª feira (23.out) os ataques contra ônibus que ocorreram na zona oeste da cidade. Até o momento, mais de 30 veículos foram incendiados - entre eles, 16 do município e cinco BRTs.
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"Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador", escreveu o chefe do Executivo municipal no X.
"E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam".
A capital fluminense entrou em estágio de mobilização por causa dos ataques, que ocorram em represália à morte do miliciano Matheus Rezende, conhecido como Faustão, que é sobrinho do também miliciano Zinho.
Matheus foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Civil, nesta tarde, na comunidade Três Pontes. Ele foi baleado durante uma operação na região.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) comentou pelo X a operação. "Quero parabenizar os nossos policiais da DGPE, da Core e da Draco, por prenderem hoje, em Santa Cruz, o Faustão ou Teteu - que era o braço direito e sobrinho do miliciano Zinho. Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", escreveu.
"Hoje demos um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como 'homem de guerra' do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio. O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado!".
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, disse que "o crime contra o setor de transportes por ônibus virou rotina no Rio de Janeiro". "Mais de 20 ônibus que atendem a população carioca foram incendiados por criminosos, evidenciando a inação do Estado diante desses episódios de violência extrema, em que o direito de ir e vir do cidadão é esquecido".
Ele prosseguiu: "O Rio Ônibus mais uma vez repudia com veemência o ocorrido e apela às autoridades públicas para que tomem uma providência com urgência. É preciso dar um basta nessa situação".