Caso Marielle é "missão de vida", diz novo secretário de Polícia do Rio
Novo secretário Marcus Amim falou à apresentadora do SBT Rio, Isabele Benito, sobre a segurança pública no estado
O novo secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marcus Amim, disse, nesta 5ª feira (19.out), que o caso Marielle Franco e Anderson Gomes é uma "missão de vida" e que as investigações do "crime político" terão atenção especial. A declaração foi dada em uma entrevista exclusiva para a apresentadora do SBT Rio, Isabele Benito.
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"É um caso emblemático e exemplar. Quando se trata de um crime político a gente precisa de uma resposta para mandar um recado de que a política não se faz na bala. Não existe política faroeste. O recado que se faz no caso Mariele e Anderson Gomes é um recado de que a política não se faz com bala, ela se faz com diálogo, debate, sempre eles acirrados ou não, mas sempre dentro do estado democrático de direito e de um olhar de normalidade. Não tem dúvidas que uma das minhas missões de vida é solucionar o caso Marielle. Sempre foi", afirmou.
Amim também falou sobre outros temas, como a relação e a confiança da população do Rio com as polícias, bem como o uso da "body cam" -- câmeras fixadas nos policiais para registrar as operações. Segundo o secretário, há uma "narrativa" contra a atividade policial emplacada por criminosos na tentativa de frear operações da polícia.
Sobre o uso de câmeras no uniforme dos policiais, Marcus afirmou ser contra. O motivo, segundo ele, é para não vazar técnicas, sobretudo de batalhões especiais -- como Bope e Core. No entanto, ele afirmou que a discussão foi superada por uma decisão da Justiça.
"Quando você restringe atividades policiais em alguns locais você acaba prejudicando o resultado, mas isso já é decisão tomada, precisamos nos adequar a essa realidade, mesma coisa da body cam. Se você perguntar se eu sou a favor, eu não sou a favor, mas essa etapa de discussão já se passou. A determinação do poder judiciário é de que se use body cam. Como polícia a gente tem que agir dentro da lei. O que diferencia o poder do estado é justamente atender aos ditames legais", disse o secretário.
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