SP: Paralisação de metrô e trens afeta linhas; veja o que funciona na capital
Greve no transporte público acontece em oposição a projetos de privatização
Com a paralisação de metrô e trens em São Paulo desde a 0h de 3ª feira (03.out), a operação do transporte público sofreu alterações, mudando a rotina nas primeiras horas da manhã, afetando outros serviços municipais e estaduais.
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Na capital paulista, o rodízio está suspenso, mas mantido para caminhões, zona máxima de restrição de circulação e proibição na circulação nas faixas de ônibus. Os coletivos, segundo a SPTrans, tiveram 26 linhas estendidas e 13 com reforço, sendo que a frota está 100% nas ruas.
Ainda na cidade, escolas, creches, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, assistência social e o serviço funerário seguem em funcionamento sem restrições.
As aulas nas escolas estaduais estão suspensas, sendo repostas e reagendadas, bem como consultas médicas na rede do Estado.
Consultas em ambulatórios médicos de especialidaes (AME) da capital e outras unidades de saúde estaduais terão reagendamentos garantidos.
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As unidades do Poupatempo e do Bom Prato funcionam normalmente. A orientação do Poupatempo, porém, é que aqueles possuem agendamentos façam novos pedidos por conta dos transtornos.
Em relação aos serviços da Sabesp, os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto estão em operação normal. Serviços de atendimento, porém, podem ser afetados.
Funcionamento de trens e metrô
No metrô, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão com a operação paralisada. Já as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela Via Quatro, funcionam normalmente.
Nos trens da CPTM, a linha 7-Rubi está com operação parcial, desde as 5h15, entre as estações Caieiras e Luz, enquanto a linha 11-Coral opera entre Guaianases e Luz. Permanecem paralisadas as linhas 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade. As linhas operadas pela Via Mobilidade, 8-Diamante e 9-Esmeralda seguem sem paralisação.
Sobre a greve
Os sindicatos dos funcionários da Sabesp, Metrô e CPTM decidiram, na noite desta 2ª feira (02.out), pela greve conjunta a partir da 0h de 3ª feira (3.out). A paralisação, programada para durar 24h, acontece em oposição aos projetos de privatização, que incluem os serviços de transporte e de saneamento básico.
As entidades alegam que as privatizações, planejadas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) até 2025, devem ser melhor debatidas, uma vez que a venda pode encarecer e piorar a qualidade dos serviços para a população.
A Justiça do Trabalho determinou, em liminar publicada na 6ª feira (29.set), que o Metrô e a CPTM deverão operar com 100% do efetivo em horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários. Caso descumpram a determinação, cada sindicato poderá receber multa de R$ 500 mil. No caso da Sabesp, o percentual de trabalhadores que devem atuar é de 85%.
Em nota, o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo afirma que a privatização irá prejudicar a circulação dos moradores. Isso porque o serviço de transporte ficaria "nas mãos de empresas que visam apenas o lucro", colocando a segurança dos passageiros em risco com atrasos, falhas e acidentes.