SBT participa do Seminário Mundial de Mídia nos Emirados Árabes
Roberto Franco, diretor de Assuntos Institucionais e Regulatórios, representou a emissora e discutiu o papel da mídia na conscientização sobre as mudanças climáticas
O SBT foi um dos convidados do Seminário Mundial de Mídia, que aconteceu nesta 3ª feira (12.set) em Xarja, nos Emirados Árabes. A conferência precede o 12º Fórum Internacional de Comunicação Governamental (IGCF 2023), e reuniu um seleto grupo de autoridades, especialistas e representantes da área para explorar o papel da mídia no destaque das questões de sustentabilidade.
O Diretor de Assuntos Institucionais e Regulatórios do SBT, Roberto Franco, representou a emissora no simpósio e discursou sobre a importância da cobertura midiática na sensibilização do público para as mudanças climáticas e na promoção de ações de mitigação. Além dele, também estavam no evento, entre outros, Mohammed Jalal Al Rayssi, Diretor-Geral da Agência de Notícias dos Emirados Árabes (WAM) e Tariq Saeed Allay, Diretor-Geral do Gabinete de Mídia do Governo de Xarja (SGMB).
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Para Franco, os meios de comunicação social, como um dos principais meios de informação e comunicação da sociedade, têm a responsabilidade de informar e educar o público sobre as alterações do clima. Nas palavras do próprio executivo, "uma realidade inegável e uma ameaça crescente para a nossa civilização e para o nosso planeta".
"Os meios de comunicação podem moldar o discurso público sobre as alterações climáticas e como responder a elas. Este poder pode gerar apoio público para acelerar a mitigação climática, mas também pode ser usado para fazer exatamente o oposto. Isto coloca uma enorme responsabilidade sobre as empresas de comunicação social e jornalistas", disse ele.
Portanto, continuou Franco, a prioridade estratégica das empresas de comunicação social deve ser considerar o seu papel na formação de atitudes, comportamentos e opinião pública.
Levando isso em consideração, o diretor do SBT destacou três modelos de cobertura para as mudanças climáticas que podem ser observados atualmente. O primeiro modelo, explicou, dá voz para diferentes perspectivas das mudanças climáticas, incluindo as perspectivas científicas, políticas, econômicas e sociais. No entanto," isto pode por vezes levar a uma falsa equivalência entre posições divergentes, como entre cientistas do clima e negacionistas do clima", disse Franco.
O segundo modelo é caracterizado por uma cobertura mais analítica, crítica e engajada do tema, enfatizando aspectos éticos, morais e ideológicos do problema, assim com as responsabilidades, deveres e direitos dos cidadãos e governos. O último modelo é caracterizado pela cobertura pragmática e orientado para o desenvolvimento sustentável. Este modelo reconhece as mudanças climáticas como um desafio global, mas também como uma oportunidade para inovação e cooperação.
Apesar de achar que não existe uma respostá única ou definitiva sobre qual modelo é mais eficaz para informar e envolver o público sobre o tema, Franco avalia que as práticas mais eficazes na cobertura das mudanças climáticas "são aquelas que combinam os aspectos positivos dos diferentes modelos existentes, com o objetivo de informar, educar e envolver o público de uma forma ética, responsável, e de forma democrática".