Wassef afirma que comprou Rolex nos Estados Unidos para devolvê-lo à União
Advogado de Bolsonaro negou que compra tenha sido uma "operação de resgate" a mando do ex-presidente
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, confirmou nesta 3ª feira (15.ago), em entrevista coletiva, que viajou aos Estados Unidos, em março deste ano, e comprou o relógio Rolex recebido de presente pela comitiva presidencial no Oriente Médio, em 2019.
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"O meu objetivo quando comprei esse relógio era exatamente pra devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República, e isso inclusive por decisão do Tribunal de Contas da União", declarou o advogado.
Segundo a Polícia Federal, o relógio foi vendido em junho de 2022 por Mauro Cid, nos Estados Unidos, e após a existência do presente ser revelada, os assessores de Bolsonaro teriam feito uma operação para reavê-lo.
"Se alguém vai com a missão de fazer um resgate, fica três dias, compra um relógio e volta, eu não fui fazer resgate, eu já estava de viagem marcada e fui pros Estados Unidos de qualquer jeito por questões pessoais minhas, inclusive passeio e turismo", justificou Wassef.
Segundo o advogado, a compra não foi um pedido de Bolsonaro ou de seu ex-assessor, Mauro Cid. O recibo mostra que o valor pago foi de 49 mil dólares (mais de R$ 250 mil na cotação da época).
"Chegou ao meu conhecimento que esse relógio estava lá, foi solicitado, comprei, e fiz chegar ao Brasil Quem solicitou? Não foi Jair Bolsonaro e não foi o coronel Cid", disse Wassef, que prometeu revelar quem fez o pedido "no momento oportuno".
