Metroviários de SP suspendem greve prevista para esta 3ª feira
Categoria luta contra privatização das linhas; paralisação unificada com a CPTM está prevista para outubro
O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo suspendeu a greve que estava programada para ocorrer nesta 3ª feira (15.ago). A decisão foi tomada após assembleia, que resultou no adiamento por 45 dias do pregão de terceirização da manutenção da Linha 15-Prata. A categoria informou, no entanto, que permanece mobilizada.
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"A empresa recuou na terceirização da manutenção da L-15. O pregão, que estava marcado para 28/8, foi adiado por 45 dias. O adiamento foi provocado pela mobilização da categoria, que deve continuar. A luta é contra as terceirizações, as demissões e a privatização do Metrô, CPTM e Sabesp", disse o sindicato, em comunicado.
A categoria alega que a privatização de todas as linhas do metrô e da CPTM, pretendida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), irá prejudicar a circulação dos moradores. Isso porque o serviço ficaria "nas mãos de empresas que visam apenas o lucro", colocando a segurança dos passageiros em risco com atrasos, falhas e acidentes.
Apesar da greve ter sido suspensa, o sindicato continua com uma agenda de atividades contra a privatização das linhas, como reuniões e manifestações. Para outubro, a categoria está planejando uma paralisação unificada entre trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp.
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A última greve promovida pelos metroviários de São Paulo aconteceu em março, quando o setor ficou paralisado parcialmente por dois dias, afetando quatro linhas do metrô. Na época, os trabalhadores cobraram o pagamento do abono salarial e mais contratações por meio de concurso público, bem como o fim das terceirizações.