Segurança no 8 de janeiro teve menos de 1/3 do efetivo planejado
Presidente da CPI na Câmara Legislativa falou ao Poder Expresso sobre investigação dos atos
Presidente da CPI que investiga os atos de 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) falou ao programa Poder Expresso, do SBT News, nesta 5ª feira (10.ago), data em que o ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres foi ouvido pela comissão. Segundo Vigilante, a segurança na Praça dos Três Poderes na data das invasões contava com menos de um terço do efetivo planejado, que era de 600 militares.
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"Em vez de 600 homens preparados, treinados, competentes para fazer a segurança na Esplanada, ele [o major Flávio José, responsável pela operação] contava com 176 cadetes, que são policiais ainda em formação que não tinham experiência nenhuma de lidar com grandes manifestações. Nem sequer água para esse efetivo foi fornecida. Portanto foi um total descalabro, uma irresponsabilidade completa, que deu nessa invasão da Praça dos Três Poderes, depredação do Congresso Nacional do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. Agora, a gente está chegando efetivamente nos responsáveis por tudo isso", afirmou o deputado.
No depoimento à CPI, Torres disse que, antes de viajar aos Estados Unidos, teria deixado pronto um Plano de Ação Integrada que, se seguido à risca, teria evitado as invasões. "Anderson Torres alegou que esse plano tinha sido elaborado, que o plano foi sancionado por ele, que ele tinha marcado previamente a ida aos Estados Unidos e que ele não sabe por que não cumpriram o plano, o que é muito grave, porque caberia à Polícia Militar do Distrito Federal ter disponibilizado o efetivo para o cumprimento integral daquele plano. Disse o Anderson Torres que o principal ponto do plano era o fechamento do acesso à Praça dos Três Poderes. Logo, se tivesse fechado o acesso à Praça, o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto não teriam sido depredados", apontou Chico Vigilante.
Assista à íntegra da entrevista (a partir de 6min6seg):