População carcerária cresceu 0,9% em 2022, mostra Anuário
Brasil tem, em números absolutos, 832.295 presos; 68,2% são negros
O Brasil registrou, em 2022, aumento de 0,9% na população carcerária, chegando a 832.295 presos. Jovens de até 29 anos representam 43,1% e negros, 68,2%. Os números são do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta 5ª (20.jul).
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Por que isso importa: Em 2022, o percentual de negros na população prisional, de 68,2%, é o maior da série histórica disponível. Em 2005, o total de negros representava 58,4%. "Em outras palavras, o sistema penitenciário deixa evidente o racismo brasileiro de forma cada vez mais preponderante. A seletividade penal tem cor", diz o estudo.
Presos provisórios: A população presa provisoriamente caiu para 25,3% em 2022, contra 28,5% em 2021 e 30,2% em 2020. No ano passado, o país registrou 210.687 pessoas privadas de liberdade sem condenação.
O estudo diz que a redução pode ter sido causada pelo aumento no número de audiências de custódia. "Aqui podemos estar diante dos impactos da implementação cada vez mais consistente das audiências de custódia, cujo marco inaugural data de 2015. Também a se observar decisão recente do STF no sentido de ampliar essas audiências, antes restritas a casos em flagrante, para os tipos de prisão", explica o anuário.
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