Tarcísio fala em "remoção compulsória" de pessoas em áreas de risco
Governador de SP disse que acionou a justiça para que pessoas sejam retiradas
Diante da tragédia no litoral paulista, a população das cidades enfrenta outro dilema: sair de suas casas, muitas vezes construídas com muito esforço, mas localizadas em áreas de risco. Com essa situação, muitos se recusam a sair, seja por medo de perder o que já está comprometido ou, por outro problema que revela a falta de assistência, o medo de ser saqueado. 48 pessoas já morreram vítimas de deslizamentos e soterramentos.
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Nesse cenário, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na manhã de 4ª feira (22.fev), entrar com "remoção compulsória em último caso" para retirar as pessoas que insistem em permanecer em áreas com risco de deslizamentos e desmoronamentos. Freitas relatou "grande dificuldade de convencimento" já que as pessoas "construíram as casas com sacrifício e se apegam" porque "é tudo o que ela tem", além de mencionar o problema dos saques.
Segundo o governador, São Sebastião já tinha 80 policiais da Tropa de Choque fazendo a segurança nos locais para evitar os roubos e que outros 300 policiais militares chegarão à cidade para reforço.
Com a recusa dos moradores em sair das casas afetadas, Freitas afirmou que entrou um uma ação na Justiça para que fosse permitida "em último caso, a remoção contra a vontade das pessoas em residências que estão em locais de risco", ainda que considere "obrigar uma situação muito complicada".
O governador acrescentou que equipes de assistência social e defesa civil tentam convencer os habitantes e relatou exemplos de moradores e famílias que se recusam a desocupar os locais, como uma mulher, desesperada, que afirmou que o pai não quer sair da casa de nenhuma maneira, na barra do Sahy, uma das regiões mais atingidas.
Na área da praia Preta, outro exemplo, segundo Freitas, de duas casas que "vão cair e o caseiro está lá. O caseiro não quer sair de jeito nenhum", disse o governador, que afirmou "garantir" que os desabrigados serão acolhidos e que o patrimônio, na medida do possível, será protegido.
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