Seguem buscas a jovem desaparecido na região da ponte pênsil em Torres

O Corpo de Bombeiros retomou nesta 3ª feira (21.fev) as buscas pelo jovem Braian dos Santos Grandi, 20 anos, no Rio Mampituba. O rapaz está desaparecido desde a madrugada de 2ª feira (20.fev), quando a ponte pênsil entre Torres, no litoral norte gaúcho, e Passo de Torres, em Santa Catarina, virou após cabos de sustentação romperem. 

Quatro bombeiros militares, dois mergulhadores, seis guarda-vidas civis, dois motoaquáticas e uma embarcação, atuam nas buscas. A bicicleta do jovem desaparecido foi encontrada nas imediações da ponte e, até agora, ele não fez nenhum contato com os parentes.  

A mãe do jovem, Cristiane Santos, 38 anos, contou à reportagem do SBT RS, que o filho estava com o celular dela e que o rastreamento mais recente apontou que o aparelho estava na região da ponte. "Os guris disseram que questão de 3, 4 minutos, quando ele ia, disse que tava indo pra ponte pra atravessar, que aconteceu o acidente", contou.

A família tem esperança de encontrar o jovem com vida. "Esperamos que alguém tenha resgatado ele na água, levado pra algum lugar. Fomos ao hospital, ao posto e nada. Mas vai aparecer sim", aposta a irmã de Braian, Bruna dos Santos Grandi.  

Acidente

De acordo com a prefeitura da cidade no momento do acidente, cerca de 100 pessoas utilizavam a ponte quando ela cedeu. Pelo menos trinta pessoas caíram no Rio Mampituba. Duas das dezoito pessoas que precisaram de atencimento médico seguem hispitalizadas. 

A ponte, construída na década de 1980, tem o limite de ocupação de 20 pessoas e a estrutura conta com placas informativas ao longo da travessia evidenciando a lotação máxima. O prefeito de Torres, Carlos Souza, garante que o episódio nunca tinha ocorrido. 

"No uso normal dela, ela vem sendo usada há mais de quarenta anos e nunca tivemos um incidente dessa natureza. O que comprova exatamente que é uma sobrecarga que causou esse acidente", diz o prefeito. 

Depois do acidente peritos vistoriaram a ponte e a polícia abriu um inquérito para apurar as resonsabilidades. 

Os bombeiros informam que as buscam só vão cessar quando Braian for encontrado. "Nós vamos prosseguir. O pessoal tá na água, inclusive, e vai permanecer. Claro que os procedimentos mudam um pouco à noite, mas é diuturno, 24 horas fazendo buscas. A operação só encerra com a certeza da localização deste desaparecido", garantiu o comandante bombeiros Litoral Norte RS, Rodrigo Canci Pierosan.