Brasil repete nota e fica em 94º no ranking de percepção de corrupção
País vem registrando 38 pontos, em uma escala de 0 a 100, há três anos seguidos
O Brasil repetiu os dados pela terceira vez e contabilizou 38 pontos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), ficando em 94º lugar em 2022. A cifra, divulgada nesta 3ª feira (31.jan), pela Transparência Internacional, mostra que o país já perdeu 25 posições no ranking desde 2012, cenário que aponta para uma gestão estagnada no tema.
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A nota do IPC vai de 0 a 100, sendo que 0 significa "altamente corrupto" e 100 significa "muito íntegro". Para a análise, que engloba 180 países, são avaliadas as percepções de especialistas e executivos sobre os níveis de corrupção no setor público. Segundo o ranking, a média global ficou, pelo 11º ano consecutivo, em 43 pontos.
Assim como no ano passado, a Dinamarca lidera as avaliações, com 90 pontos. Em seguida, aparecem a Nova Zelândia e a Finlândia, ambas com a mesma pontuação (87). Por outro lado, Venezuela (14), Sudão do Sul (13), Síria (13) e Somália (12) continuam ocupando os últimos lugares do ranking.
A região com pontuação média mais baixa, por sua vez, é a África Subsariana (32), que é seguida pela Europa Oriental e Ásia Central (35). Apesar da União Europeia apresentar a pontuação média mais alta (66), os autores do estudo apontam para uma estagnação dos esforços anticorrupção em mais da metade dos países.
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"Os líderes podem combater a corrupção e promover a paz de uma só vez. Os governos devem abrir espaço para incluir o público na tomada de decisões - de ativistas e empresários a comunidades marginalizadas e jovens. Nas sociedades democráticas, as pessoas podem levantar suas vozes para ajudar a erradicar a corrupção e exigir um mundo mais seguro para todos nós", afirma o diretor executivo da Transparência Internacional, Daniel Eriksson.