ABDI: 5G vai ajudar a reduzir custo das indústrias no país
Igor Calvet destaca importância da tecnologia para a indústria 4.0; veja a entrevista
O avanço da tecnologia 5G vai ajudar o Brasil a alcançar outro patamar da chamada indústria 4.0, além de promover o desenvolvimento econômico, redução de custos e a geração de empregos, na avaliação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet.
"A indústria 4.0 é uma integração do espaço físico com o virtual. Por isso falamos tanto do 5G. A gente só viabiliza a indústria 4.0 com conectividade. Um estudo da ABDI mostra que a implementação da indústria 4.0 no Brasil pode reduzir custos em até R$ 73 bilhões", destaca.
Segundo Calvet, um exemplo é o uso de manutenção preditiva das máquinas, para que passem por manutenção antes de apresentar problema. "Quando as máquinas param ficam dias para consertar. Isso é prejuízo. A manutenção preditiva identifica antes de a máquina parar", explicou.
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O presidente da ABDI observa que o PIB da indústria gira em torno de 11% e que é necessário um processo de reindustrialização. Para isso, as necessidades do setor são principalmente de duas temáticas: transformação digital e sustentabilidade.
"Precisamos democratizar o acesso à tecnologia 5G. E o principal usuário não são os cidadãos comuns, mas as empresas. Porque conecta máquina com máquina; máquina com pessoas; máquina com infra-estrutura. O 5G nós temos ciência de onde começa, mas não onde termina. Porque são múltiplas as áreas onde podemos ter avanços".
Nesta entrevista ao SBT News, o presidente fala da expansão do programa Conecta 5G, que deve chegar a mais de 30 municípios até o final do ano, já conta com investimentos de de R$ 22 milhões da ABDI e tem mais R$ 50 milhões dos municípios. Ele também comemora a recriação do Ministério da Indústria e Desenvolvimento e compara a situação do Brasil com outras nações em relação ao avanço do setor industrial.
"Entendemos como agência de desenvolvimento industrial que a quarta revolução industrial pode chegar mais rapidamente através do 5G. Estamos na metade do caminho. A maioria dos países está no mesmo patamar do Brasil, com exceção de poucos - EUA, Alemanha, Coréia do Sul e China. Comparativamente estamos num momento que temos política pública para isso, consenso no país que precisamos seguir, precisamos ter as bases de financiamento e acho que estamos seguindo um caminho melhor que outros países", concluiu.
Assista à íntegra da entrevista:
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