Pilotos de avião e comissários seguem em greve
Paralisação acontece em São Paulo, Campinas, Rio, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza
Segue mantida a greve dos profissionais do setor aeroviário do Brasil, após recusa de proposta feita pelo Tribunal Superior do Trabalho. Em votação virtual encerrada neste domingo (18.dez), 70% da categoria disse não à proposta, que busca mediar o impasse entre trabalhadores e empresários do setor. O TST exig que 90% dos trabalhadores estejam em suas funções.
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Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, havia informado que "as negociações com a categoria foram iniciadas em outubro" e que buscou "garantir os direitos dos colaboradores e a continuidade da prestação dos serviços essenciais de transporte aéreo para a população enquanto durarem as negociações".
De acordo com a Agência Brasil, a greve dos pilotos e comissários vai durar duas horas por dia, por tempo indeterminado, das 6h às 8h, em aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
A paralisação pode afetar de 3 a 4% dos voos. Na manhã de 2ª feira (19.dez), dez voos atrasaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), enquanto um foi afetado em Viracopos, em Campinas (SP). Em Brasília (DF), quatro foram os voos atrasados, dos mais de 340 previstos para o dia no terminal.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou a categoria que, mesmo de braços cruzados, compareça aos aeroportos como forma de somar na reivindicação. Os trabalhadores pedem aumento de 5% no salário, por conta do aumento no preço das passagens, e melhores condições de trabalho.
A decisão da greve de pilotos e comissários foi tomada, em assembleia, na última 5ª feira (15.dez), por não conseguirem renovação no acordo trabalhistas com as empresas de aviação e nem recomposição salarial, além de direitos trabalhistas.
De acordo com o Sindicato dos Aeroviários, o intervalo de duas horas para a paralisação foi definido em "respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo". Além disso, os voos "com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados". A expectativa é que 2,5 milhões de passageiros transitem nos aeroportos até próximo dia 2 de janeiro.