Presidente da CNT aponta aumento de preços por bloqueios em rodovias
Ao SBT News, Vander Costa disse que empresários do transporte são contrários a intervenções de vias pelo país
Intervenção no direito de ir e vir, problemas de abastecimento e até o aumento de preços. Esses foram pontos citados pelo presidente do sistema da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, a respeito dos bloqueios em rodovias que começaram após o resultado das eleições presidenciais e duraram quase dez dias. Costa também destaca que empresários do transporte são contrários aos bloqueios.
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"A alimentação estava sendo perdida, como o hortifruti, que estraga com muita velocidade. A consequência que houve com isso foi até o aumento de preços", disse Costa ao SBT News nesta 4ª feira (9.nov).
O presidente da CNT também fez uma consideração a respeito dos protestos: "O direito de manifestar deve estar limitado ao direito de ir e vir das pessoas, então, qualquer motorista ou cidadão que queira manifestar deve preservar o direito de transportar".
A Confederação, que divulgou uma nota contra as ações em rodovias no segundo dia de protestos, também se manifestou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com um pedido para que as estradas fossem desobstruídas. O pedido, segundo Costa, foi para atender pessoas que estavam paradas dentro de ônibus, além de pessoas que estavam em necessidades especiais, como em tratamento de saúde.
"O posicionamento da CNT reflete o posicionamento da liderança dos empresários de transporte. Pode ser que tenha alguma exceção, mas a grande maioria, quase unanimidade, está favorável", declarou.
Segundo divulgou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios foram finalizados, e não há intervenções em qualquer ponto do país nesta 4ª feira (9.nov). Mas as ações em rodovias foram intensificadas nos últimos dias -- e chegaram a um embate entre agentes da PRF e manifestantes no Pará.