Fiocruz aponta para tendência de queda nos casos de síndrome respiratória
Resultados laboratoriais se dividem entre infecções por covid e influenza
O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue apresentando tendência de queda no Brasil. Segundo novo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o índice é inferior ao observado no mês de abril, até então o mais baixo desde o início da pandemia de covid-19.
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Os resultados laboratoriais por faixa etária continuam apontando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas, a prevalência entre os casos foi de 5,9% para influenza A; 0,4% para influenza B; 6,7% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 63,0% Sars-CoV-2 (covid-19).
O estudo mostra ainda que o crescimento em crianças e adolescentes, iniciado na virada de julho para agosto, já apresenta sinais de interrupção para queda em diversos estados. Dados laboratoriais não indicam associação com a covid-19, sugerindo efeito de outros vírus respiratórios comuns ao ambiente escolar.
Apesar do cenário positivo, o pesquisador Marcelo Gomes alerta que é preciso ter atenção ao número de casos no final do ano - já que as viradas de 2020 para 2021 e de 2021 para 2022 resultaram em um aumento de incidência de SRAG. "Não podemos afirmar categoricamente se vamos ter um final de ano tranquilo dessa vez, porque ainda estamos aprendendo com a covid. Ela ainda não mostrou um padrão claro de sazonalidade", afirmou.
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Entre as capitais, apenas seis das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Teresina (PI), embora na maioria compatível com cenário de oscilação. Nas demais, o sinal é de queda ou estabilidade.