Grupo responsável por golpe em investimentos da bolsa é alvo da PF
Criminosos chegaram a movimentar mais de R$ 200 milhões por meio da pirâmide financeira
Agentes da Polícia e Receita Federal realizam, nesta 5ª feira (28.jul), a operação Traders, que tem como objetivo desarticular um grupo criminoso responsável por golpes em investimentos da bolsa, prática conhecida como pirâmide financeira. São cumpridos 17 mandados de busca e apreensão no Paraná e em Taboão da Serra (SP), bem como o sequestro de automóveis, imóveis e cripto ativos dos suspeitos.
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A investigação foi iniciada em 2021, a partir da identificação das primeiras filiais das empresas de "operação em bolsa de valores" em pequenas cidades da fronteira paranaense com o Paraguai, como Guaíra, Douradina e Umuarama. Durante a apuração, foi constatado que a organização, que agia no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, movimentou mais de R$ 200 milhões.
No geral, os valores investidos pelas vítimas variavam de R$ 1 mil (valor mínimo aceito pelo grupo), sem limite máximo, com a promessa de 6,4% de retorno. Os recursos eram depositados diretamente nas contas das 22 empresas investigadas e depois transferidas, parcialmente, para as contas pessoais dos líderes do esquema.
"Com o passar do tempo, os investigados não conseguiam mais honrar os compromissos assumidos, vez que os valores arrecadados não eram de fato investidos em operações de bolsa de valores e, quando eram, não resultavam nos lucros prometidos. A partir disso, a líder do esquema passou a dissimular o objeto fictício das empresas, tendo apresentado aos clientes que iria migrar para criação de um banco digital", informou a PF.
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Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra o Mercado de Capitais, contra a economia popular, criação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.