Estado de SP lidera contaminações de varíola dos macacos no Brasil
Com 595 casos, governo estuda comprar ou produzir vacinas contra a doença
São Paulo é o estado com mais registros de casos de varíola dos macacos - monkeypox - no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, a unidade federativa acumula 595 das 813 infecções confirmadas no país, que já é considerado o sexto com mais notificações da doença no mundo.
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Com o aumento constante de casos, o governo paulista informou que pretende comprar ou produzir doses da vacina dinamarquesa contra a varíola dos macacos, que garante 80% de proteção. Além disso, o Instituto Butantan criou um comitê para analisar a produção de um imunizante, que terá como base a varíola, desenvolvido na década de 70.
Outros estados que também já registraram a doença foram o Rio de Janeiro (109 casos), Minas Gerais (42), Distrito Federal (13), Paraná (19), Goiás (16), Bahia (3), Pernambuco (3), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Ceará (2), Espírito Santo (2), Santa Catarina (3) e Mato Grosso do Sul (1).
Devido à explosão de casos simultâneos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como situação de emergência de saúde pública global. Poucos dias depois, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que a estrutura da rede pública de saúde foi preparada para lidar com a doença e o governo de São Paulo informou que pretende comprar
"Temos quatro laboratórios hoje com a capacidade de realizar o diagnóstico: o Instituto Adolfo Luther, a Funed, em Minas Gerais, a Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro", disse Queiroga, alertando que o grupo de risco engloba homens homossexuais, gestantes e crianças.
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Apesar de ser endêmica em regiões da África, o epicentro da varíola dos macacos está agora na Europa, que calcula 80% das mais de 14 mil infecções pela doença. No total, o vírus já foi notificado em 75 países e cinco pessoas não resistiram aos sintomas, que incluem febre, dores no corpo e erupções cutâneas.