"Não coloco a mão no fogo por ninguém", diz Castro sobre governo do Rio
Ele afirmou que não houve chacina em comunidade e que instituições de Direitos Humanos só defendem bandidos
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pré-candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), afirmou nesta 6ª feira (15.jul) em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News que é o pré-candidato com menor rejeição disparado, conforme as pesquisas. Ressaltou que tem investido na população e em políticas sociais, sem objetivo eleitoral.
Castro reconheceu que a situação fiscal do Rio de Janeiro ainda é grave, defendeu investimentos no ambiente de negócios e infraestrutura e prometeu reduzir impostos e melhorar a qualificação profissional. Destacou ainda que o atual governo tem muitos programas e que pretende dar continuidade às ações.
Questionado sobre irregulares após o governo de Wilson Witzel (PSC), governador afastado por suspeita de desvios em contratos públicos, Castro disse que "está solucionando isso". Que dados estão sendo encaminhados ao Tribunal de Contas e que se algo estiver errado ele será o primeiro a mudar. Também garantiu que se alguém tiver errado, será punido. Mas indagado sobre a confiança nos integrantes do governo, respondeu que "não coloca a mão no fogo por ninguém". "Não como tem como um estado que movimenta 100 bilhões e 460 servidores, você colocar a mão no fogo por alguém", justificou.
Sobre a delação que o acusa de corrupção, o governador disse que não existem provas contra ele e que está processando o delator. Que não teme nada em relação a isso e está muito tranquilo.
O pré-candidato à reeleição disse ainda que atualmente o Rio de Janeiro tem os melhores dados de segurança pública dos últimos 10 anos. Afirmou que o programa Cidade Integrada tem reduzido os índices de criminalidade, onde está implantado.
Sobre as operações policiais que fizeram diversas vítimas nas comunidades fluminenses nos últimos meses, Castro defendeu que não houve chacina. Afirmou que as operações foram avisadas ao Ministério Público do Rio e o que aconteceu foi "que a polícia sendo alvejada por criminosos fortemente armados, quando cumpria o trabalho de proteger a população, reagiu". Disse ainda que muitas instituições de Direitos Humanos "só defendem bandidos".
Se reeleito, disse que precisa reajustar algumas questões internas, já que o atual governo "trocou a roda com o carro em movimento", e quer ter tempo para se planejar mais. Castro finalizou a entrevista dizendo ser radicalmente contra a legalização da maconha e do aborto, além de cassinos.
Perfil
Cláudio Castro é advogado, nasceu em Santos, São Paulo e tem 43 anos. Em 2019, tomou posse, aos 40 anos, como o mais jovem vice-governador fluminense desde a redemocratização. Ele tomou posse em definitivo como ocupante do Palácio das Laranjeiras após Wilson Witzel sofrer impeachment em abril de 2021.
Em 2016, Cláudio Castro foi eleito vereador do Rio, sendo o 56º mais votado. No ano passado, já como governador do Estado, lançou o programa Cidade Integrada, alvo de críticas de entidades de Direitos Humanos e representantes de comunidades do Rio.
A política de segurança pública também ficou no centro de debates após chacinas em operações policiais, que deixaram mais de 50 mortos nos últimos meses, em comunidades do Rio. O político, além de advogado, é músico, compositor e cantor católico. É autor de dois álbuns de música religiosa.
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Confira a entrevista: