Felipe Santa Cruz diz que a narcomilícia domina metade do Rio
Pré-candidato defende geração de emprego e diz que política social é o primeiro passo para segurança pública
O pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido Social Democrático (PSD), Felipe Santa Cruz, afirmou nesta 3ª feira (12.jul) em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News que é candidato de um partido articulado, que tem uma chapa muito forte e representativa. Disse ser um crítico ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), e garantiu que a escolha do nome dele para concorrer ao governo do Rio mostra que a legenda não está alinhada ao governo Bolsonaro.
Santa Cruz destacou que tem admiração pelo pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que vai apoiar quem for para o segundo turno contra o atual presidente. Ele acredita que a eleição no Rio não reproduz a polarização nacional, e disse que o Estado passa por uma crise aguda na segurança pública, que precisa de investimento em inteligência.
O pré-candidato chamou a política do Rio de burra e acusa o que classifica como "uma conveniência da máquina pública e dos gestores públicos, que permitem que a narcomilícia domine metade do estado". Felipe Santa Cruz ressaltou que as pessoas pobres têm as suas vidas comandadas pela milícia, e que para mudar o cenário é preciso um conjunto de iniciativas.
O político afirmou ainda que é necessário cuidar das jovens que engravidam nas comunidades e investir na educação, nos professores. "Ter uma política social é o primeiro passo para a segurança pública. E a segurança pública é essencial para a geração de empregos no Rio de Janeiro".
Felipe Santa Cruz tem 50 anos e foi presidente, por dois mandatos, da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro. Posteriormente, chegou à presidência da OAB Nacional para o triênio 2019-2022. Ele também fez mestrado em Direito e Sociologia e foi professor em universidades particulares. É especialista em Direito do Trabalho e Direito Administrativo. Em 2004, foi candidato a vereador do Rio pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
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Confira a íntegra da entrevista:
