Revolução Constitucionalista de 1932 completa 90 anos
Dia 9 de julho é feriado estadual no território paulista desde 5 de março de 1997
A Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado por meio do qual o estado de São Paulo tentou derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas, completa 90 anos neste sábado (9.jul). A data é feriado estadual no território paulista desde 5 de março de 1997, quando o então governador Mário Covas (PSDB) sancionou projeto apresentado pelo deputado estadual Guilherme Gianetti, já falecido também.
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Vargas assumiu o governo provisório do Brasil em 3 de novembro de 1930, no que ficou conhecido como Revolução de 30. Posteriormente, adotou condutas de centralização de poder: demorou para organizar uma Assembleia Constituinte, fechou o Congresso e nomeou interventores para governar os estados. Os rumos do governo central causou um descontentamento na população de São Paulo.
O estopim da Revolução Constitucionalista de 1932 foram as mortes dos jovens Martins, Miraguaia, Dráuzio e Camargo (conhecidos pela sigla MMDC) em 23 de maio daquele ano, que ocorreram em confronto com forças do Governo Provisório. O movimento armado teve início no dia 9 de julho seguinte. No total, cerca de 35 mil soldados de São Paulo partiram para enfrentar 100 mil do governo central.
O conflito terminou em 1º de outubro de 1932, com a rendição dos paulistas - por não terem mais soldados e mantimentos suficientes para continuar lutando. Os dados oficiais mostram que 934 pessoas morreram na Revolução, mas há registros de cerca de 2,2 mil. O Governo Provisório cassou os direitos políticos dos líderes do movimento e os exilou em Portugal.
Por causa do conflito, em 1933, Armando de Sales Oliveira, um civil nascido em São Paulo, foi nomeado interventor do estado no lugar de Manuel de Cerqueira Daltro Filho e, em 1934, Vargas convocou a Assembleia Constituinte, para que uma nova Constituição fosse elaborada. Neste sábado, o governado paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), relembrou a Revolução de 1932, pelo Twitter.
"Há 90 anos os paulistas se levantaram contra uma ditadura e seus interventores. Hoje, SP se levanta contra essa guerra política que só atrasa o país. Não precisamos de interventores aqui. SP é dono do seu destino e não abaixa a cabeça para ninguém! Quer coisa maior do que vencer uma guerra no campo das causas e ideais? SP perdeu a batalha armada, mas venceu a batalha das ideias na revolução de 1932. Demos o exemplo! Não existe caminho fora da democracia. SP não aceita interventores. SP caminha com sua própria luz e força", escreveu.
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