Amazônia: 1º semestre tem maior índice de alerta de desmate em 7 anos
Principais áreas afetadas foram registradas nos estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso
Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que, entre 1º de janeiro e 24 de junho deste ano, 3.750 km² estavam sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal. O número é um dos maiores para o período, superando os 2.443 km² registrados em 2016, e corresponde a mais de duas cidades de São Paulo.
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O estado do Amazonas foi o mais afetado, com 1.131 km² de área sob alerta de desmate. Em seguida, ficaram os estados do Pará, com 1.059 km², e do Mato Grosso, com 818 km². Segundo estimativa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia pode ter mais de 15 mil km² de área desmatada até julho deste ano.
Em maio, os dados mostraram queda de 35,2% de desmate na área, em comparação com o mesmo mês de 2021. Na data, foram 900 km² de alertas de desmatamento, cifra influenciada pelos estados do Amazonas, com quase um terço do total nacional, Pará e Rondônia.
+ 71% do desmatamento previsto para 2022 ainda pode ser evitado
Em relação às queimadas, junho também teve o maior número de focos de calor - 2.562. Mato Grosso e Pará lideraram os registros, concentrando 64,5% e 21,7% dos focos, respectivamente. O cenário está ligado, sobretudo, ao início da estação seca na região e às queimadas ilegais feitas por moradores.