Número de mortes por chuva neste ano já supera o registrado em 2021
Mais de 450 óbitos foram registrados até maio, sendo a maioria na cidade de Petrópolis (RJ)
Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), mostra que o número de mortes devido às tempestades já chega a 457 em 2022, cifra que já supera os 297 óbitos registrados no ano passado, bem como os 216 em 2020.
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Até então, o maior desastre em número de mortes aconteceu em fevereiro, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Na data, 233 perderam a vida devido a deslizamentos de terra e alagamentos causados pela chuva. Os estados do nordeste também foram fortemente afetados, sendo Pernambuco a registrar a última tragédia, com mais de 100 óbitos.
Para o presidente da CNM, a falta de recursos para prevenção no orçamento de desastres naturais do país é um dos principais motivos para a recorrência dos problemas. "Com a redução cada vez maior de verba para prevenção, ano após ano, em todo governo, o resultado é que, na prática, só se atua na resposta, com grande peso para as prefeituras", avalia.
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Um estudo da Confederação sobre desastres naturais, publicado em abril, por exemplo, mostrou que de 2010 a 2021 foram autorizados R$ 36,5 bilhões no orçamento federal para ações de gestão de risco, prevenção, respostas a desastres e recuperação de áreas destruídas e ou danificadas. No entanto, nesse período, apenas R$ 15,3 bilhões foram ofertados.