Quadrilha "ostentação" suspeita de estelionato é presa no RJ
Grupo era de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e ostentava uma rotina de luxo nas redes sociais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta 4ª feira (11.mai), uma quadrilha que se intitulava como "Tropa do Arranca" e aplicava golpes em diversos estados do país. Diego Luiz Pereyra Ferreira e William Teixeira Chicorsky foram presos no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio. Angélica de Jesus Albercht e Fernanda Natalina dos Santos Lima foram presas na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A quadrilha de estelionatários era de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, e ostentava uma rotina de luxo nas redes sociais. Os criminosos chegaram a arrecadar mais de R$ 1 milhão com os crimes.
Segundo as investigações da Delegacia do Leblon, o golpe aplicado pela quadrilha consistia na compra de dados bancários pela deep web - área da internet que não pode ser detectada facilmente pelas tradicionais ferramentas de busca -, e com as informações, eles geravam links de pagamento falsos em que o dinheiro era destinado para contas de "laranjas" do grupo. Os criminosos receberam diversas transferências de R$ 100 mil, R$ 80 mil e R$ 30 mil, além de outros valores.
O chefe da quadrilha era Diego Luís Pereyra Ferreira, conhecido como "DG". No momento em que foi preso pelos policiais, Diego usava um tênis da grife Versace, que, no site da marca, é vendido por mais de R$ 8 mil. Ele foi o primeiro a chegar ao Rio, há cerca de três meses, e alugou um apartamento em um condomínio de luxo. De acordo com a Polícia Civil, Diego e William passaram a ser monitorados após uma denúncia, de que a dupla estaria tentando vender jóias irregularmente em lojas do Leblon. Os policiais conseguiram abordar o veículo dos criminosos e com eles foram encontradas peças de ouro. Os dois homens chegaram a oferecer R$ 150 mil aos agentes para não serem presos. Por causa da tentativa de corromper os policiais, "DG" também vai responder por corrupção ativa.
Com o dinheiro, a quadrilha comprava joias de procedência duvidosa e tentava repassar para fazer mais um ganho. Eles realizam outras transações bancárias de pequena quantia, para dificultar o rastreamento, além da compra de artigos de luxo, carros, motos, Jet Skis e viagens. De acordo com as investigações, Diego e William haviam alugado dois apartamentos por temporada na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Em um dos imóveis, os policiais encontraram Angélica e Fernanda, que também foram presas na última 4ª feira (11.mai).
Em um dos apartamentos foram encontrados R$ 4,6 mil em espécie, dez celulares, um carro Audi Q3, avaliado em mais de R$ 240 mil, além de uma pistola 9 mm raspada, kit rajada, dois carregadores e 34 munições. Com o rastreamento de outras contas e o tempo de movimentação, a polícia pretende definir há quanto tempo o grupo atua e quanto já movimentou. As duas mulheres também foram levadas para a delegacia do Leblon, que já investigava o caso.
Nas redes sociais, a quadrilha exibia uma vida de luxo, com produtos caros, viagens, melhores passeios, muitas noitadas e bebidas caras. Em um dos posts, Angélica Albrecht que exibia fotos com bebidas e narguilé, escreveu: "Foi cinco garrafas de Jack e uns cinco Chandon. Eu não lembro de nada do rolê, meu Deus kkkkkkkkk", escreveu. Já Fernanda Natalina dos Santos Lima mesclava os dois estilos. Já se exibiu com um tênis da grife Dolce e Gabbana, com bebidas e passeios.
Angélica, Diego, Fernanda e William foram encaminhados para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde vão ficar à disposição da justiça.
Confira o vídeo da operação:
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