Policiais militares invadem casa no Rio e roubam eletrodomésticos
Perfumes, bijuterias, roupas, eletrodomésticos, e até os interruptores da residência foram furtados
Policiais militares invadiram a casa de uma moradora, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, e roubaram perfumes, bijuterias, roupas, eletrodomésticos, e até os interruptores da residência. Segundo a dona do imóvel, os agentes ocuparam a casa por cerca de três meses. A moradora, que não teve a identidade divulgada, instalou câmeras de segurança na casa que flagraram o abuso dos polícia. Ela procurou a Defensoria Pública no fim de janeiro, dias depois da implantação do Programa Cidade Integrada. O projeto do Governo do Estado pretendia retomar o território ocupado pelo tráfico e pela milícia.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que, por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar (2ª PJAM), teve determinação atendida pelo Comando do Batalhão de Choque (BPChq) e pela Corregedoria Geral da PMERJ (CGPM), no sentido de garantir o retorno de uma família à própria residência, na Comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do Rio. A família pôde retornar para sua casa no último dia 20 de abril.
No dia 27 de janeiro, após o lançamento do Projeto Cidade Integrada, a casa da referida família foi invadida e passou a ser ocupada por policiais militares; sendo utilizada, alegadamente, para seu descanso em detrimento do serviço de patrulhamento, durante cerca de 3 meses. Após diligências -- inclusive, com filmagem realizada no interior do imóvel que, de fato, constatou a entrada indevida dos policiais militares --, foi possível determinar que estes pertenciam ao efetivo do BPChq.
A Defensoria Pública do Estado (DPERJ) divulgou que, no último dia 28 de março, encaminhou o caso ao MPRJ que, então, realizou a oitiva das vítimas e tomou as demais medidas visando a rápida resolução do caso.
Durante uma reunião com o comandante do BPChq e com o corregedor-Geral, o promotor de Justiça Paulo Roberto Mello Cunha requisitou a instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) e a adoção de providências para identificação dos policiais, maior fiscalização e controle para cessar tais práticas criminosas e a garantia do retorno da família para casa.
O procedimento do MPRJ, em que foram ouvidas a vítimas, foi encaminhado à CGPM para a adoção das medidas citadas; sendo possível informar que, após a instauração do Inquérito, os PMs envolvidos já foram devidamente identificados e qualificados. A partir da próxima semana os autos do IPM serão remetidos à 2ª PJAM para análise acerca do oferecimento ou não da Denúncia à Auditoria de Justiça Militar.
Confira o vídeo da invasão da casa:
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