Desmatamento na Amazônia cresce quase 70% em fevereiro, diz Imazon
Área devastada chegou a 303 km² no mês e atingiu o pior índice em 15 anos
O levantamento mensal do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon apontou que a devastação na Amazônia Legal cresceu quase 70% durante o mês de fevereiro, registrando o maior índice para o período desde os últimos 15 anos. Segundo os dados, foram destruídos 303 km² de mata nativa, o que equivale ao tamanho do município de Fortaleza, no Ceará.
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Esse é o segundo mês consecutivo de crescimento no desmatamento. Em janeiro, a derrubada da floresta foi 33% maior do que no ano passado. Assim como no mês anterior, o Estado do Mato Grosso foi o que mais desmatou, com 96 km² de devastação (32% do total). Em seguida, estão o Pará, com 82 km² (27%) e o Amazonas, com 74 km² (24%).
Em relação ao território amazonense, a derrubada da floresta cresceu 252% em relação ao mesmo mês em 2021, o segundo maior aumento entre os Estados da Amazônia Legal. Entre os municípios, apenas os quatro que ficaram na lista dos 10 que mais desmataram na região, Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã e Manicoré, foram responsáveis por 93% da devastação registrada no Estado.
"Essa alta é extremamente grave diante da emergência climática que estamos vivendo, já que o desmatamento contribui com o aquecimento global, que por sua vez intensifica as mudanças climáticas que ocasionam os eventos extremos. No Brasil, já tivemos no ano passado chuvas fortes que provocaram mortes e destruições na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro", reforçou a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim.
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