Entidades pedem justiça pelo assassinato de Moïse Kabagambe
Em nota, 122 organizações pedem pela resolução do crime e por mais direitos para refugiados
Um grupo de 122 entidades divulgou nota em que pede por justiça no caso do assassinato do congolês Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro.
Moïse, de 24 anos, foi espancado até a morte no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, após supostamente ter ido cobrar uma dívida trabalhista. Ele vivia no Brasil desde a infância, como refugiado.
"A barbárie tem sido normalizada quando envolve pessoas pobres, em situação de vulnerabilidade, da periferia. Grande parte da população migrante e refugiada se insere nesse grupo. Infelizmente vemos se alavancar discursos de xenofobia, racismo e aporofobia, o ódio aos pobres na sociedade brasileira. Moïse foi espancado até a morte de forma atroz e desumana por ter cobrado o seu salário pelos dias trabalhados", diz o documento.
Entre os signatários da nota estão a Rede Clamor Brasil, a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR) e a Comissão Espiscopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
As entidades ainda reforçam que que seguirão "atuando na defesda de pessoas migrantes e refugiadas no Brasil, em combate à xenofobia, ao racismo, ao trabalho análogo à escravidão e a toda forma de preconceito e violação de direitos".
Leia a íntegra da nota: