Confederação pede medidas emergenciais para produtores prejudicados pelo clima
Perdas de safra por seca ou excesso de chuvas foram registradas em todo o país
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao governo federal a implementação de medidas emergenciais e estruturantes para auxiliar produtores rurais de várias regiões do país que foram afetados por secas ou enchentes. Os documentos, assinados pelo presidente da entidade, João Martins, foram protocolados no último dia 25 e enviados ao ministério da Agricultura, Economia, Casa Civil e Desenvolvimento Regional.
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No pedido encaminhado, a CNA justifica que as medidas têm o objetivo de dar fôlego aos produtores de alimentos para que mantenham na atividade. "As perdas nas lavouras de milho e soja são significativas nas regiões Sul e de Mato Grosso do Sul e em alguns municípios da região Sudeste, o que impede os produtores de honrarem seus compromissos financeiros na safra 2021/2022", diz Martins, no ofício.
Segundo ele, a Confederação relatou casos em que produtores tomaram financiamentos, compraram insumos e não puderam semear, ou semearam fora da janela de plantio indicada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), em função do déficit hídrico. Ocorrências de perdas expressivas para a fruticultura, olericultura e pastagens na região Sul por conta do excesso de chuvas também foram notificadas.
Dentre as medidas propostas pela entidade, estão a prorrogação das parcelas de crédito de investimento vencidas e com vencimento em 2022, desde que o produtor esteja em dia com as parcelas e apresente laudo técnico agronômico comprovando as perdas, a retirada de taxas cobradas pelas instituições financeiras sobre o valor dos financiamentos para alongamento das operações de crédito e o adiamento para um ano após o vencimento final das renegociações de dívidas já renegociadas por produtores.
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Além disso, a CNA pede o apoio do ministério da Agricultura para a implantação de medidas estruturantes para o setor agropecuário, como agilidade na regulamentação para reserva de água nas propriedades rurais e a priorização das políticas de gestão de riscos.