Relatório aponta 428 atos de violência contra jornalistas em 2021
Média foi de mais de um caso de agressão por dia no ano passado
Em 2021 houve mais de uma agressão por dia contra jornalistas, segundo o relatório da Federação Nacional da profissão (Fenaj). Ao todo, foram 428 atos de violência contra a categoria no ano passado. A região Centro-Oeste, que abriga a capital federal, teve o maior número de casos. Em segundo lugar, a região Sudeste.
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Em nota, a Fenaj diz redobrar a preocupação com 2022, por ser ano de eleições presidenciais. A federação ainda diz esperar que o estado garanta a segurança dos profissionais e que o acirramento político não traga ainda mais violência.
Na última 4ªfeira (27.jan), o repórter André Eduardo Ribeiro, do site Viva ABC, foi ameaçado enquanto cobria um caso policial em Rio Grande da Serra, Grande São Paulo. Ele teve o celular quebrado e o carro amassado pelo filho da mulher que entrevistava.
Há duas semanas, a repórter Melina Saad, do SBT, também foi atacada por um homem no momento em que relatava um acidente de trânsito, em Diadema. Os casos de violência acontecem até mesmo na presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, quando em Roma seu segurança agrediu repórteres que cobriam a agenda internacional do político.
O relatório também apontou ataques virtuais (58 casos), censuras (140 casos), ameaças e intimidações (33 casos), e até assassinato (1 caso). Homens foram os mais afetados (128 vítimas).