Médicos da atenção primária de SP anunciam paralisação na próxima 4ª
Categoria pede contratação de mais profissionais e pagamento de horas extras
Os médicos da atenção primária da cidade de São Paulo decidiram, em assembleia, paralisar as atividades a partir da próxima 4ª feira (19.jan). Segundo informado pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo, os profissionais vêm sofrendo com sobrecarga de trabalho durante a pandemia.
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"Acreditamos que, durante o curso de emergências sanitárias, a reorganização do atendimento à população seja fundamental e apoiamos estratégias de ampliação e readequação do atendimento. Contudo, a execução falha (e descolada de argumentos científicos) dessas estratégias é deletéria tanto para a população quanto para profissionais de saúde", pontuou a categoria em carta aberta.
Entre as reivindicações dos médicos que atuam nas unidades básicas de saúde está a contratação de mais profissionais, o pagamento de horas extras e o investimento em insumos. "Não temos medicamentos básicos para conduzir duas infecções coexistentes (Covid-19 e Influenza): dipirona, ibuprofeno, salbutamol, diclofenaco, loratadina, antibióticos acabam nas prateleiras de nossas farmácias", diz o texto.
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Segundo o sindicato, caso a prefeitura de São Paulo e as organizações sociais com contratos para administração de equipamentos de saúde apresentem um planejamento para reduzir o desfalques das equipes devido a falta de profissionais até a próxima 2ª feira (17.jan), a paralisação pode ser revista pela categoria.