Enem: Apesar da crise, professor e deputado aconselha jovens a fazerem prova
Israel Batista (PV-DF) diz que "providências estão sendo tomadas" com "blitz do Enem"
Em entrevista ao Agenda do Poder desta 6ª feira (19.nov), o professor e deputado Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), explicou que, apesar da crise institucional em curso, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda merece a confiança dos estudantes.
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"A prova já está pronta e depois nós vamos continuar as investigações para responsabilizar aqueles que afetaram a credibilidade do Enem. A minha dica é que procurem se concentrar na prova, porque, quanto às questões jurídicas e técnicas, nós já estamos tomando as providências para responsabilizar aqueles que tiverem responsabilidade", afirmou.
Batista falou ainda sobre a "Blitz do Enem", uma iniciativa da FPME em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), para fiscalizar a aplicação do exame. A ação contará com canal para receber denúncias, articulação com instituições, e monitoramento de redes sociais e notícias para checar intercorrências.
"Nós estaremos de hoje até domingo recebendo toda e qualquer denúncia sobre a realização da prova. Nós vamos trabalhar juntamente com o Labic, que é o laboratório de rastreamento de internet da Universidade Federal do Espírito Santo, e com a Associação dos Servidores do Inep, que estão nos ajudando a manter essa prova em funcionamento apesar da má gestão do Ministério da Educação", disse o parlamentar.
Nas últimas semanas, cerca de 37 servidores deixaram o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em comunicado divulgado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep), os trabalhadores listaram uma série de denúncias e afirmaram ter passado por "assédio moral, desmonte nas diretorias, sobrecarga de trabalho e de funções".
Os profissionais criticaram ainda os canais de comunicação do Instituto, alegando que foram utilizados para "autopromoção da Presidência". Danilo Dupas foi convidado a participar de audiência no Senado para esclarecer as denúncias, mas negou que as demissões sejam motivadas por seu comportamento.
Na última 2ª feira (15.nov), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o Enem está com "a cara do governo". Depois da declaração, tem se levado dúvidas sobre uma possível interferência do governo nas questões da prova. Tanto o mandatário, quanto o ministro da Educação Milton Ribeiro, no entanto, negaram.
Assista à entrevista com Israel Batista na íntegra: