Para presidente da SAP International, Brasil está avançado na adoção de tecnologias

A necessidade de digitalizar os serviços durante a pandemia atingiu os mais variados seguimentos. Esse processo ocorreu até mesmo com empresas que lidam de forma direta com a tecnologia como a SAP International, líder de mercado no segmento de software para aplicativos empresariais e que auxilia empresas de todos os portes e setores a alcançarem excelência operacional. Diante das demandas que surgiram no cenário pandêmico, a SAP precisou se reinventar para que pudesse oferecer ferramentas que façam sentido e atenda as novas necessidades de seus clientes. 

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Cristina Palmaka, presidente da SAP América Latina e Caribe, afirma que a empresa precisou antecipar mudanças na infraestrutura de suas bases de dados para inovarem na oferta de ferramentas úteis para seus clientes neste novo cenário. "A gente também teve que se reinventar e disponibilizar ferramentas que fazem sentido agora para os clientes. Tem coisas que dá para esperar, são talvez projetos mais estruturantes que as empresas precisam de mais tempo para realizar valor, e a gente se preocupou em trazer soluções que trazem impacto e produtividade nesse momento. Então, a gente também se reinventa em um portfólio de produtos adequados ao momento e ao o que os clientes estão precisando", disse a presidente da empresa de software. 

Entre os desafios enfrentados pela SAP durante a pandemia, além do processo de digitalização, Cristina também destaca a transformação do contato com os clientes e o impacto na força de trabalho, ou seja, a necessidade de reestruturação das equipes para o modo remoto que foi criada, de uma maneira que a conexão entre os colaboradores e empresas não seja comprometida.

Em relação à adoção da tecnologia no Brasil, a presidente da empresa considera que o país se encontra em uma situação bastante avançada: "Há oito anos falar de soluções em nuvem [ambiente virtual] era muito desafiador porque todos tinham alguns receios de toda a proteção da informação e foi visto que, na verdade, a segurança está na infraestrutura. O importante é ter parceiros sérios que trabalham com uma forma correta à proteção de dados e infraestrutura. O Brasil está muito avançado", concluiu Cristina. 

Confira a entrevista na íntegra:

SBT News: Como enfrentaram o difícil período da pandemia?

Cristina Palmaka: A pandemia trouxe mudanças para todos os negócios, de qualquer tamanho, grandes empresas, médias empresas, e a tecnologia teve um papel fundamental para ajudar essa transformação das empresas. Foi aí que saiu um grande trabalho com os nossos clientes e até novos clientes para ajudá-los nessa transformação. Talvez, em três aspectos muito importantes: um foi toda a digitalização, então, ser muito rápido na digitalização na cadeias de suprimento, conseguir matérias primas muito rápidas, achar recursos no mundo inteiro de uma forma digital. 

O segundo foi toda a transformação do contato com o cliente, então toda parte de e-commerce, digitalização de processos, acesso à venda multicanal. Lojas fechadas, então, você ter novos modelos de negócio foi fundamental e a gente trabalhou muito perto dos clientes para essa transformação.

E o terceiro foi o impacto na força de trabalho. Todo mundo foi para o remoto e a gente também tem soluções que ajudam essa experiência do colaborador estar muito conectado com as empresas garantindo que a cultura também permeasse mesmo no momento remoto. Então, essas foram três veias muito importantes e aí a tecnologia é um habilitador para que as empresas pudessem continuar a gerir seus negócios e a gente poder trazer valor da tecnologia aplicada aos nossos clientes. 

SBT News: Vocês tiveram que antecipar algumas inovações na empresa? 

Cristina Palmaka: A gente acelerou, assim como os nossos clientes, várias das nossas soluções para esse novo universo da ida para a nuvem [ambiente virtual]. A gente antecipou mudanças na nossa infraestrutura de data centers, soluções muito importantes. A gente tem uma solução que cuida da experiência dos clientes e dos colaboradores.

A gente fez agora uma solução focada em entender como que funciona o entendimento da vacina dentro dos ambientes corporativos.

É uma solução muito simples, muito fácil de adotar porque é muito rápida e todas as empresas estão pensando em como administrar o retorno ao trabalho, quem tem que estar vacinado, quem não precisa estar vacinado mas como conseguir isso de uma forma protegida pela lei de proteção de dados e trazer esse tipo de inovação. 

Então, acho que esse patamar da tecnologia é importante para isso. A gente também teve que se reinventar e disponibilizar ferramentas que fazem sentido agora para os clientes.

Tem coisas que dá para esperar, são talvez projetos mais estruturantes que as empresas precisam de mais tempo para realizar valor, e a gente se preocupou em trazer soluções que trazem impacto e produtividade nesse momento. Então, a gente também se reinventa em um portfólio de produtos adequados ao momento e ao o que os clientes estão precisando.

SBT News: Como está o Brasil em relação aos demais países da América Latina neste setor?

Cristina Palmaka: É muito bacana ver que o Brasil está muito avançado na adoção da tecnologia. Há oito anos falar de soluções em nuvem era muito desafiador porque todos tinham alguns receios de toda a proteção da informação e foi visto que, na verdade, a segurança está na infraestrutura. O importante é ter parceiros sérios que trabalham com uma forma correta à proteção de dados e infraestrutura.

O Brasil está muito avançado. Nesses últimos 4, 5 anos, grandes companhias, por exemplo, Petrobras, indo para a nuvem, assim como pequenos varejistas, pequenas empresas, os grandes unicórnios. 

Então, você percebe que a tecnologia pode estar em grandes companhias, nas pequenas, é a mesma tecnologia. Então, essa democratização que a nuvem pode trazer é emblemática e o Brasil está bem avançado. A América Latina tem uma equação interessante e alguns países também estão avançados e outro estão chegando lá.

Mas, certamente, o Brasil tem um papel fundamental para a gente, no nosso portfólio de países regionais e está crescendo aceleradamente. É legal ver a materialização da tecnologia trazendo valor não só para as empresas mas para todo o Brasil, toda a sociedade, para esse conhecimento digital que a gente quer acelerar na população para sair do analfabetismo e não entrar no analfabetismo digital.

Então, também tem um trabalho grande de trazer e fomentar mais riquezas através da tecnologia e o emprego nessa população.