Estudo aponta queda de anemia em crianças brasileiras de até 5 anos

A predominância de anemia em crianças brasileiras de seis a cinco anos caiu de 20,9% para 10,1% entre os anos de 2006 e 2019, segundo dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019). O número, no entanto, ainda precisa ser menor que 5% para deixar de ser considerado problema de saúde pública.

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Segundo o levantamento, que contou com amostras de sangue de 8,8 mil crianças de seis a 59 meses de idade, a redução da doença ocorreu em todas as regiões brasileiras, com exceção do Norte, onde a prevalência subiu de 10,4% em 2006 para 17% em 2019. 

A deficiência de vitamina A também foi mapeada e constatou predominância de 6% no Brasil, o que representa uma redução em relação aos 17,4% registrados há 15 anos atrás. Com a queda, o percentual nacional saiu da zona de problema de saúde pública moderado (10% a 20%) e passou a ser considerado um problema leve (2% a 10%).

Outros micronutrientes foram avaliados pelos pesquisadores. A falta de vitamina B12, por exemplo, foi registrada em 14,2% das crianças do país, chegando a 28,5% na Região Norte. Ao mesmo tempo, a deficiência de vitamina D teve prevalência calculada em 4,3%, com menores percentuais no Nordeste (0,9%) e Norte (1,2%), enquanto o maior foi de 7,8% no Sul. Também foram apresentados dados para a deficiência de zinco, que teve prevalência de 17,8% no Brasil, abaixo do limite de 20% que configura um problema de saúde pública.

A partir dos resultados, os pesquisadores ressaltaram a importância do aprofundamento de novas pesquisas sobre desigualdades regionais e cenários de insegurança alimentar no país, bem como o desenvolvimento de novos estudos sobre o tema durante o período pandêmico.