Mãe descobre que filha foi trocada há 7 anos em maternidade do DF

Uma dona de casa do Distrito Federal descobriu que o bebê que levou para casa da maternidade há 7 anos não é sua filha. A desconfiança de que algo estava errado começou quando o ex-marido fez um exame de DNA após se divorciar da mulher, para não ser obrigado a pagar a pensão. A criança nasceu em 14 de maio de 2014, no Hospital Regional de Planaltina.

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Ao saber do resultado, Geruza Fernandes defendeu que não poderia então ser ela a mãe, o que foi confirmado em nova avaliação médica. "Eu fiquei desesperada, sem chão, porque como mulher eu tinha certeza que ele era o pai, não tinha como não ser ele, a não ser se fosse troca na maternidade", disse a mulher.

Com a suspeita, ela  fez um exame de DNA que comprovou que ela não é a mãe da criança. Ao SBT, a família relatou sempre ter ouvido julgamentos de parentes e vizinhos, que não entendiam a diferença na cor da pele entre a menina e os pais. Para a senhora, que relata não conseguir dormir direito após descobrir a troca, fica a vontade de resolver a situação da melhor forma e reencontrar a filha biológica: "Espero a verdade. Encontrar a verdadeira criança, conviver. É um erro que a gente não pode deixar impune". 
 

Investigação do caso

Com o início das investigações por parte da Polícia Civil do DF, dona Geruza deve realizar novo exame para validar ou não a maternidade. Em agosto do ano passado, a Justiça do DF entendeu que a troca dos bebês ficou comprovada e determinou o pagamento de danos morais pelo Governo do Distrito Federal. O processo corre em segredo de Justiça. A Secretaria de Saúde afirma que não foi oficialmente notificada pelo processo, mas ressalta estar à disposição do caso. Já a Procuradoria-Geral do DF informou que "recorreu da decisão".