Polícia Federal faz operação contra empresa alvo de CPI da Covid
Grupo é investigado por usar propina em troca de favorecimento na contratação de empresas por estatais e por lavagem de dinheiro
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta 5ª feira (30.set), a operação Acurácia, que tem como objetivo apurar um suposto esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos em troca de apoio na contratação de suas empresas por parte do Governo Federal. A ação também conta o apoio da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Uma das empresas alvo é a Global Gestão em Saúde, que é um dos alvos da CPI da Covid.
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No total, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo e na cidade de Passos, em Minas Gerais. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Os agentes chegaram na sede da empresa em SP por volta das 6 da manhã, localizada em uma área nobre de Barueri.
De acordo com os agentes, foi constatado que o grupo investigado simulou várias operações comerciais e financeiras inexistentes para desviar dinheiro de empresas que atuam na área de medicamentos para empresas de fachada. O intuito dessas operações fictícias, segundo apurado, era gerar dinheiro em espécie, utilizado como propina a agentes políticos como pagamento em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais.
A PF continua investigando a participação dos executivos, funcionários e sócios das empresas envolvidas nas operações simuladas.
Os envolvidos poderão responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.
Os advogados de Francisco Maximiano e da Global Saúde responderam em nota ao SBT News que não há 'qualquer elemento para justificar a operação', além de ser 'um oportunismo' devido a 'pirotecnia em torno das operações policiais'.
Leia a íntegra nota de Maximiano e da Global Saúde:
"Chega a ser surreal repetir a mesma busca e apreensão pela terceira vez em 13 dias, dessa vez para ir atrás de documentos sobre o que delatores disseram que teria acontecido sete anos atrás. Não há qualquer contemporaneidade ou qualquer elemento mínimo para justificar essa operação. O que há, sim, é um oportunismo, graças ao retorno da pirotecnia em torno das operações policiais que, em tempos racionais, jamais seriam deferidas pelo Poder Judiciário, ante a manifesta ausência de fundamentação."
Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Francisco Maximiano e da Global Saúde