Fabricante de embarcações de luxo é alvo de força-tarefa em São Paulo
Operação investiga sonegação fiscal de R$ 54 milhões ao Estado e R$ 490 milhões à União; assista
Na manhã desta 4ª feira (22.set), o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) de São Paulo cumpre 19 mandados de busca e apreensão em operação contra uma organização suspeita de realizar sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no ramo de embarcações de luxo. A ação tem como objetivo recolher documentos que comprovem as fraudes.
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Ao todo, mais de 100 agentes participam da operação, que ocorre nas cidades de São Paulo, Barueri, Osasco, Itupeva, Jundiaí e Mairiporã. Os mandados foram expedidos pela Justiça de Osasco.
Segundo a investigação, o alvo principal é um dos maiores estaleiros da América Latina, responsável atualmente por uma dívida superior a R$ 54 milhões com o Estado de São Paulo e de, aproximadamente, R$ 490 milhões com a União -conforme análise da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A apuração apontou que, para escapar dos tributos, a empresa montou um sofisticado esquema de blindagem patrimonial e uma rede de empresas fantasmas, abertas em nome de "laranjas". Também há suspeitas de que a venda das embarcações ocorria com substancial subfaturamento do seu valor.
Participaram da ação promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, agentes fiscais de renda da Sefaz-SP, procuradores da Procuradoria Geral do Estado (PGE), procuradores da Fazenda Nacional e equipes das divisões de Captura e Garra da Polícia Civil e de policiais militares do Estado de São Paulo.
Esclarecimentos
Depois da publicação deste texto, a defesa da Falcon Estaleiros do Brasil enviou a seguinte nota à imprensa: "A empresa não foi notificada e ainda não tem informações detalhadas do processo que motivou a operação desta manhã. A empresa é a maior interessada em esclarecer todos os pontos e não medirá esforços para colaborar com as autoridades no que for necessário. A defesa, em breve, irá comprovar, perante a justiça, a lisura da atuação da Falcon e de seus sócios".
Veja reportagem do SBT Brasil:
