Em oposição à Fiemg, empresários de MG lançam manifesto pela democracia
Documento reúne 212 assinaturas e contrapõe manifestação da Federação das Indústrias do estado
Mais de 200 empresários e executivos mineiros assinaram um documento nomeado II Manifesto dos Mineiros ao Povo Brasileiro, no qual defendem a democracia e a união do país e contrapõem a manifestação feita pela Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na última 3ª feira (31.ago), que alinhava-se ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em suas críticas ao Judiciário.
O documento foi idealizado pelo presidente da Associação Comercial Empresarial de Minas (ACMinas), José Anchieta da Silva.
"A ruptura pelas armas, pela confrontação física nas ruas, é sinônimo de anarquia, que é antônimo de tudo quanto possa compreender uma caminhada serena, cidadã e construtiva. A democracia não pode ser ameaçada, antes, deve ser fortalecida e aperfeiçoada. O que se pretende provocar é outro tipo de ruptura: a ruptura através das ideias e da mudança de comportamentos em todas as dimensões da vida", diz o manifesto.
O documento afirma que "já se revelou, e faz tempo, equivocada uma maneira de governar onde os municípios e os estados são reféns permanentes do que pensa e do que deseja o governo central sediado em Brasília".
"Esse centralismo que aumenta as desigualdades já impôs atraso e miséria a toda a Nação Brasileira", completa.
O II Manifesto dos Mineiros ao Povo Brasileiro faz referência ao Manifesto dos Mineiros, assinado em 1943, que exigia o fim do Estado Novo e a redemocratização do Brasil. O documento busca por 300 assinaturas iniciais -- em homenagem à celebração do tricentenário de Minas Gerais -- das quais, já há 212.
Entre os que assinaram, estão nomes como Salim Mattar, presidente da Localiza e ex-secretário de Desestatização do governo Bolsonaro, e Cledorvino Belini, ex-presidente da Fiat Chrysler Automobiles.
O manifesto será entregue às autoridades brasileiras em 7 de setembro, mas as assinaturas poderão ser feitas até 31 de dezembro deste ano.
Leia a íntegra:
