Família tenta provar inocência de caminhoneiro preso há três meses
Justiça vai julgar um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa, na próxima 2ª feira (19.jul)
A família de um caminhoneiro preso há mais de três meses tenta provar a inocência dele. Em uma blitz, a polícia encontrou 27 pistolas e quase 140 tabletes de maconha no caminhão, mas, segundo familiares, Igor Lima, de 27 anos, não sabia e foi enganado por quem pagou o frete.
Ele havia sido contratado -- por meio de um aplicativo de fretes em que transportadoras terceirizam o serviço -- para levar uma furadeira industrial ao Rio de Janeiro, onde mora. A blitz o parou no trajeto, e os policiais utilizaram cães farejadores para vasculhar o veículo.
Nesta 2ª feira (12.hul), amigos e parentes de Igor fizeram um protesto. À polícia, o dono da transportadora disse que o motorista foi escolhido de forma aleatória e que pagaria a ele R$ 1.000,00 de frete. Também afirmou que não tinha ciência da existência de drogas e armas no interior da furadeira. Além disso, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deu parecer favorável à soltura de Igor e ressaltou que, em depoimento extrajudicial, os policiais confirmaram a versão dele.
Ainda segundo a promotoria paulista, a furadeira estava lacrada e só foi aberta com o auxílio de uma chave especial, que o rapaz não tinha. Hélio Fonseca, primo de Igor, também é caminhoneiro e diz que o aplicativo de fretes tem sido usado por criminosos. "Os traficantes, agora, eles colocam no meio das cargas, no meio dessas cargas de viagem e mandam. E ele caiu nessa armadilha", afirmou.
Na próxima 2ª feira (19.jul), a Justiça vai julgar um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do preso. O advogado do caminhoneiro estranha que, mais de três meses após a prisão, nem o remetente nem o destinatário da furadeira tenham sido investigados. Em suas palavras, "a acusação está muito presa na materialidade".
"Como localizou uma quantidade significativa de drogas e uma quantidade significativa de armas de fogo, estão imputando a autoria do crime ao Igor. Porém, a autoria não é do Igor. O Igor, na realidade, é uma vítima de criminosos", completou. Nadilane da Silva, esposa do rapaz, por sua vez, pontuou: "Eu não sei como ele está, eu não sei muito bem como está a esperança dele em relação a vir pra casa.
Veja reportagem do SBT Brasil:
